Para onde vamos!
Ah, a transformação! Vivemos em tempos de rápidas e intensas mudanças no mundo. O mercado de tecnologia, que está no centro dessa transformação, também muda num ritmo veloz. Hoje, as organizações do mundo todo demandam cada vez mais uma plataforma integrada com sistemas e aplicações que processam bilhões de transações e dados sensíveis de clientes, conectam dispositivos móveis, rodam processos de negócios e funcionam como ferramentas de análises de dados que ajudam a melhorar a experiência do consumidor. Os dados são o novo recurso natural, assim como o petróleo foi no início da era industrial.
Entretanto, 80% dos dados gerados por meio de textos, imagens, vídeos e posts em redes sociais são desestruturados. Isso quer dizer que são de difícil interpretação aos olhos da computação convencional. Apesar de serem vistos, lidos e consumidos, essa montanha de informações não representa nada se não for analisada e interpretada. Dar significado a grandes volumes de dados, tornando-os ‘visíveis’ para melhores tomadas de decisão, tornou-se fundamental para transformação de negócios, indústrias e profissões.
Diante deste contexto, em outubro de 2015, a IBM anunciou globalmente um novo posicionamento estratégico, inaugurando uma nova era da tecnologia: a Era dos Negócios Cognitivos, liderada por sistemas cognitivos que processam e extraem insights de grandes volumes de dados, entendem a linguagem natural das pessoas, aprendem continuamente e geram hipóteses de forma muito semelhante ao ser humano.
Esta era já está proporcionando às empresas, sociedade e a nós, cidadãos, um novo nível de experiência com a tecnologia. Com o Watson, plataforma cognitiva da IBM na nuvem, é possível ampliar o conhecimento humano em áreas distintas da sociedade, como saúde, educação, finanças, apenas para citar alguns exemplos. E, esse conhecimento ajudará a humanidade a ir ainda mais longe, conquistando objetivos que pareciam impossíveis de serem alcançados até pouco tempo atrás.
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Planeta mais inteligente
Em 2000, a expansão da internet trouxe também um desafio: o processamento de todos esses dados que eram gerados a uma velocidade cada vez maior. Cientistas e profissionais da IBM imaginavam que tanta informação, gerada a todo momento e em qualquer lugar do mundo, deveria seguir padrões que poderiam ser analisados por soluções que aproveitassem o vasto potencial computacional da virada do milênio. Os grandes computadores, interligados na nuvem, poderiam encontrar esse padrão, oferecendo informações importantes para as companhias e para o mundo. Era exatamente isso que levaria o mundo a tornar-se cada vez mais inteligente.
Assim, a IBM lançou a estratégia de Planeta mais inteligente. Agora, o mundo instrumentado por dados e sensores, conectados à internet e entre si, geraria dados que seriam analisados para encontrar respostas. Instrumentalização, interconexão e inteligência: era assim que a IBM enxergava como os negócios poderiam ampliar ainda mais suas capacidades. Porém, não apenas os negócios. A estratégia poderia ser aplicada para resolver problemas ainda mais complexos, como a segurança nas cidades, a prevenção e previsão de incidentes, a grande movimentação populacional, o trânsito nas grandes cidades etc. Só para citar um exemplo: algumas cidades, como o Rio de Janeiro, receberam centros de comando que possibilitaram cruzar dados vindos de diversos departamentos da cidade, como infraestrutura, transporte e segurança pública, possibilitando tomadas de decisões e ações ainda mais rápidas.
O know-how da IBM em inteligência artificial, por meio do processamento de dados que surgiam a uma velocidade cada vez mais alucinante, somado à codificação e instrumentalização e à origem de redes sociais e a popularização dos sistemas de comando de voz e dos smartphones, levou a companhia ao único caminho que ela poderia seguir: o desenvolvimento de soluções que pudessem captar qualquer tipo de dado – estruturado e não estruturado –, analisando cada um com o objetivo de ajudar a humanidade a encontrar respostas de maneira ainda mais rápida e que, finalmente, conseguisse se aprimorar. Essas soluções foram chamadas de Soluções Cognitivas.
O e-Business
A década de 90 é marcada pelo rápido crescimento da internet. Em grande parte do mundo, o computador pessoal entrava no ambiente de trabalho e na casa das pessoas. Esses computadores se conectavam a uma rede: a internet. Intranets, servidores, web sites e ferramentas de buscas eram as maiores apostas das companhias.
Contudo, a IBM viu na internet algo que ía além de um lugar para concentrar informações. A internet era, na verdade, uma vasta plataforma para os negócios. Ela anteviu, ainda no início, toda a possibilidade dos negócios online. A internet era o ambiente perfeito para a promoção e venda de produtos. A IBM nomeou essa estratégia como e-Business. Em seis anos, a IBM, que passou por um período complicado nos anos 90, se reinventou e retornou como líder em prover serviços e produtos para as companhias que queriam entrar na era da internet, com mais de 10 mil clientes de e-Business.
O Brasil entrou com tudo nessa estratégia, principalmente quando falamos em finanças. Em 1997, a primeira transação de débito, totalmente segura e pela internet, foi realizada pelo Banco do Brasil, usando a tecnologia de ponta a ponta da IBM.
1950 - 1990
As pesquisas na busca de encontrar novas formas de automatizar o processamento e o armazenamento de dados avançavam rapidamente. Na década de 40 e 50, duas invenções foram cruciais para a revolução eletrônica que mudaria o mundo. A primeira foi a implementação das válvulas a vácuo que, ao substituir os dispositivos eletromecânicos, trouxe uma melhora considerável na agilidade e na capacidade dos equipamentos. A segunda foi a invenção dos transistores, peças fundamentais para o aperfeiçoamento dos aparelhos eletrônicos. Em conjunto com a popularização da energia elétrica, os transistores permitiram que máquinas utilizassem impulsos elétricos, conferindo uma precisão muito maior na análise de dados, um aumento expressivo da capacidade de processamento e a queda de custos de produção.
Nesta época, Thomas Watson Jr. chegou ao comando da IBM, adicionando à visão de atendimento ao cliente e serviços de seu pai, Thomas Watson, o que faltava para a companhia ser vista como ela é hoje: uma empresa de inovação e pesquisas tecnológicas. Até hoje, a IBM é fundamentada nesses princípios: uma companhia global de inovação através da tecnologia com foco exclusivo no cliente.
No lado da inovação tecnológica, a IBM seguia sua trajetória de liderança no setor com a implementação de diversos projetos que envolviam o uso de tecnologia e o aumento de memória e processamento de dados. Aqui, os maiores marcos foram grandes máquinas e sistemas como o RAMAC 305 – primeiro computador eletrônico com disco rígido fabricado no mundo – e o SAGE – tecnologia precursora do SABRE (Semi-Automatic Business-Related Environment), criado pela IBM, em 1964, para controlar, em tempo real, as reservas de passagens aéreas da companhia American Airlines. Esse sistema é usado até hoje por companhias aéreas em todo o mundo. Mas, a IBM não queria apenas encontrar formas mais rápidas de processar os dados. Cientistas da corporação também começaram a trabalhar maneiras de melhorar a captação desses dados. Foram criados diferentes modelos de obtenção de informações ao longo desses anos – os cartões perfurados se transformaram em códigos de barras, tarjas magnéticas, teclados, impressoras, comandos de voz etc. Até chegarem a tudo que temos hoje: sensores, redes sociais, internet colaborativa, nuvem e por aí vai!
Todo esse avanço tecnológico foi seguido de perto pelo Brasil. Em 1959, o primeiro equipamento eletrônico da IBM chegava ao solo nacional: o IBM 650. Na sequência, houve a implementação do RAMAC 305 na Volkswagen, seguida por diversas indústrias e clientes.
Na década de 60, o Brasil vivia uma intensa expansão das atividades comerciais e bancárias, além dos serviços públicos em geral. Com isso, tornou-se crescente a necessidade da ampliação da capacidade computacional para acompanhar todos os avanços. A IBM, então, intensifica as atividades industriais em Benfica (RJ) – primeira fábrica da IBM na América do Sul. Com uma maior produção nacional, a fábrica configura-se também como polo de exportação de produtos tecnológicos manufaturados.
O aumento da capacidade computacional foi fundamental não apenas para o progresso do Brasil, mas de todo o mundo. Ainda nos anos 60, especificamente em 1969, todo esse avanço tecnológico da IBM possibilitou que a NASA levasse o homem à Lua. O sistema da IBM usado pela agência, que custou quase US$ 3,35 milhões, ocupava um espaço gigantesco e oferecia apenas 2 KB de memória RAM – estando limitado a executar algumas centenas de milhares de operações por segundo.
Outro auge da IBM, no Brasil e no mundo, aconteceu nas décadas de 70 e 80. A invenção de componentes cada vez menores e mais baratos permitiu a criação do famoso IBM PC (Personal Computer). Foi o ponto de partida para que todas as pessoas, e não somente as empresas, pudessem ter acesso ao mundo da computação.
Enquanto isso, a IBM no Brasil buscava meios de conectar grandes sistemas computacionais e encontrou no Banco Bradesco a primeira oportunidade. Em 1970, um ano depois que o governo dos Estados Unidos surgia com aquilo que viria a ser a internet, a IBM no Brasil implementou um sistema bancário que interligou as contas correntes da agência do Bradesco de Carapicuíba (SP) ao centro eletrônico de processamento de dados do banco em Osasco (SP).
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1930 - 1950
A década de 30 marca a expansão da companhia pelo território brasileiro, abrindo escritórios de representação em quase todas as capitais do país. Em 1931 foi aberto o escritório em São Paulo. Em 1933 foram abertas cinco filiais no país: Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Niterói.
Nesta época, o Brasil começa sua própria revolução industrial, empregando tecnologias mais modernas e ampliando a produção para além dos produtos básicos, como alimentos e tecidos. A IBM colabora para essa expansão tecnológica não só por meio de suas máquinas, mas, também, abrindo a primeira fábrica na América do Sul, em 1939, no Rio de Janeiro. A fábrica ficava em Benfica e foi um importante polo de produção de tecnologias IBM para o mercado nacional e latino-americano.
Outro marco desta era foi o começo das pesquisas com aquilo que se tornaria ícone da IBM: a máquina de escrever. Na década de 30, o investimento nessas máquinas parecia fora da estratégia de processamento de dados da IBM. Contudo, os pesquisadores da companhia enxergaram a possibilidade de adicionar novas formas de captação dos dados pelas tabuladoras automáticas. As pesquisas, então, foram direcionadas para encontrar maneiras de ligar máquinas de escrever elétricas às tabuladoras, como forma de entrada e saída de informação. Era o ponto de partida para o que viria a ser a Era da Programação.
1914 - 1930
O grande marco deste período foi a vinda de Thomas J. Watson para a organização. Visionário, ele implementou uma série de táticas de negócio, eficaz e inovadora para a época, como as vendas incentivadas, o foco no serviço e na experiência do cliente, e treinamento massivo dos vendedores. Ele ainda falou, pela primeira vez, sobre a estratégia Think – “Pense”, em português –, introduzindo uma carga horária reduzida para que as pessoas pudessem ter tempo para se desenvolver e inovar. Muitas destas visões estão presentes até hoje na IBM.
O primeiro passo em direção ao estabelecimento da IBM como uma companhia de presença internacional começou em 1917, no Brasil, onde foi aberta a primeira filial da CTR fora dos Estados Unidos. As atividades em nosso país começaram a partir de um contrato de prestação de serviços firmado com a Diretoria de Estatística Comercial para elaboração de dados oficiais. Esse órgão, então subordinado ao Ministério, Indústria e Comércio, daria origem, vários anos mais tarde, ao IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A iniciativa de trazer a CTR para o Brasil foi de Valentim Fernandes Bouças, que apresentou a Thomas Watson, num encontro em Nova York, uma proposta de representação no país. O negócio foi aceito e, a partir de então, Valentim Bouças assumiu um papel de destaque nos primeiros trinta anos de trajetória da companhia no Brasil. Em associação com a representação da CTR no Brasil, Bouças criou, também em 1917, sua própria companhia, a Serviços Hollerith, voltada especificamente para a prestação de serviços de processamento de dados, fazendo locação das máquinas da CTR. Naquele mesmo ano, o Ministério da Fazenda aprovou um contrato da Serviços Hollerith com o Tesouro Nacional. Era o início de uma trajetória bem-sucedida.
Com o êxito dos trabalhos realizados pela CTR junto à Diretoria de Estatística Comercial, o governo brasileiro decidiu contratar a empresa para realizar a computação e a tabulação do censo demográfico e econômico brasileiro de 1920. O serviço prestado agilizou significativamente o sistema de contagem e soma dos dados daquele que foi o primeiro censo mecanizado do país, considerado um sucesso.
A partir desse momento, novos contratos de prestação de serviços foram assinados, como por exemplo com as Estradas de Ferro Central do Brasil e do Oeste de Minas, o Departamento de Saúde Publica e o Ministério da Guerra.
O ano de 1924 marcou o início de uma nova fase da CTR em território nacional. Em dezembro, a companhia foi definitivamente estruturada no Brasil, na qualidade de filial estrangeira da International Business Machines – IBM –, novo nome da CTR, registrado em maio daquele mesmo ano nos Estados Unidos. Para comandar as atividades locais da empresa, Valentim Bouças foi designado gerente geral a partir de 1º de janeiro de 1925. Nesse mesmo ano, foram assinados cinco contratos de grande porte com a Light and Power Company, Companhia Paulista de Estrada de Ferro, Loide Brasileiro, Instituto Brasileiro do Café e Banco do Brasil. Todos diziam respeito à aquisição de equipamentos de processamento de dados e à prestação de serviços técnicos.
Desse período em diante, sem abandonar a prestação de serviços à administração pública, a IBM redirecionou progressivamente suas atividades para o atendimento à iniciativa privada.
1880 - 1914
Em 1911, Charles R. Flint fundou a precursora da IBM, a Computing Tabulating Recording Company (CTR). A CTR nasceu da fusão entre a Tabulating Machine Company, com as tabuladoras automáticas e cartões perfurados conhecidas como máquinas Hollerith; a International Time Recording Co., com relógios e registradores mecânicos de tempo; e a Computing Scale Co., com balanças e instrumentos de aferição de peso.
Contudo, a Era da Tabulação teve seu primeiro marco muito antes disso. Vivendo as repercussões da Revolução Industrial, que aos poucos substituia o modo de vida agrário pelo industrial, as sociedades experimentaram um aumento de renda média sem precedentes. Houve um relevante crescimento populacional, especialmente nas áreas urbanas, o que contribuiu para o avanço dos mercados consumidores.
Neste cenário, Hermann Hollerith, nos Estados Unidos, iniciou suas pesquisas em busca de uma máquina de contar. Inspirado pelas ideias do tear automatizado de Jacquard e pelos condutores de trens que perfuravam os tíquetes dos passageiros, Hollerith inventou o cartão perfurado – o elemento básico das primeiras máquinas de processamento de dados da IBM. Esses cartões, mais duradouros que as fitas usadas anteriormente, eram lidos a uma velocidade nunca antes obtida pelas gigantescas e engenhosas máquinas de contar: as tabuladoras automáticas.
As tabuladoras de Hollerith, que foram adquiridas pela CTR em 1911, foram os primórdios de duas tecnologias que são essenciais até hoje para a estratégia da IBM: sensores e análise de dados. Através de um sensor bastante rudimentar, era possível adquirir e coletar dados complexos em quantidades enormes para a época, ajudando assim países e empresas a entenderem melhor o mundo.
Apesar de não seguirem como centro do negócio da CTR, o conhecimento no desenvolvimento dos instrumentos de aferição de tempo e peso também contribuíram para pesquisas direcionadas a coleta de dados por diferentes plataformas. Foram os precursores dos sensores e, por consequência, de uma importante indústria tecnológica de hoje: a internet das coisas.
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