Tecnologia da Informação ecologicamente correta não é uma onda passageira. A demanda por tecnologia verde, ou seja, tecnologia que reduza as emissões de carbono na atmosfera e permita o consumo de energia eficiente, já é uma realidade. Em 2009 surgiram as primeiras certificações de Gestores de TI com especialização em projetos verdes como a GIM Green IT Managemen - ao passo que grandes players adotaram o SAAS (Software como Serviço) como uma estratégia verde. Baseada na tecnologia SOA (Arquitetura Orientada a Serviços), essa modalidade de venda de software reduz os custos fixos para os clientes, na medida em que elimina as licenças de uso e introduz o pagamento de uma taxa que varia conforme a utilização. As companhias desenvolvedoras de software estão se adaptando às novas exigências do mercado, partindo de atitudes simples, como realização de vídeo conferências, a fim de reduzir o uso de meios de transportes poluentes (minimizando o deslocamento de pessoal); desenvolvimento de softwares que exijam menos capacidade do hardware, ou seja, gastem menos energia por demandarem menos tempo de operação e, ainda, sejam capazes de configurar impressoras que imprimam folhas em frente e verso, economizando papel. Outra medida verde que vem tomando corpo e crescendo é o emprego da educação à distância (EAD) para treinamento de funcionários e clientes, permitindo a atualização constante de ambos e uma melhor gestão do tempo de cada um. Para se ter ideia, as possibilidades da EAD nesse sentido vão muito além das usuais. Em uma consultoria de implantação de sistema de gestão, por exemplo, com o uso de EAD, essa atividade pode ser realizada sem a presença física do consultor, o que agiliza as implementações do software e permite a rápida intervenção da empresa desenvolvedora em qualquer eventualidade. Flexibilidade e redução de custos são palavras-chave na modalidade EAD. Em termos de qualificação de colaboradores, a EAD é uma ferramenta extremamente útil. O segmento de TI sofre com a carência de profissionais e, para suprir a demanda por mão-de-obra qualificada, as desenvolvedoras estão criando pólos de tecnologia próximos aos centros de excelência em ensino, muitas vezes distantes de suas matrizes. Nesses casos, a EAD é fundamental para viabilizar o treinamento destes funcionários, sem comprometer as operações atuais. A EAD também é uma excelente alternativa para estreitar o relacionamento com os clientes, principalmente porque existe uma tendência de migração de empresas da região Sudeste para o Norte, Nordeste ou interior por conta dos incentivos propostos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A pulverização de clientes atuais e potenciais para regiões mais distantes pode gerar custos de deslocamentos de pessoal e perda de agilidade no atendimento, o que afeta a logística de distribuição dos fornecedores de software e onera a prestação de serviços. Essa situação, entretanto, não representa ameaça para as empresas desenvolvedoras que já empregam a EAD como estratégia de atendimento. Sendo assim, para pensarmos no desenvolvimento sustentável de uma companhia, é preciso que novas formas de fazer negócio, soluções, treinamentos e relacionamento com os clientes sejam colocados em pauta. Os benefícios que a TI verde e o uso de EAD oferecem às companhias são objetivos e precisos. Por isso, é fato que, em breve, todas as empresas que não aderirem à redução de poluentes e de consumo energético terão que responder aos seus acionistas, parceiros e reguladores, assim como aos clientes e à opinião pública. Porém, com a adoção de algumas das medidas citadas, é possível a essas mesmas empresas reduzirem seus custos operacionais, e ainda valorizarem a sua própria imagem no mercado. publicado originalmente no iMasters, em 30 de junho de 2010.
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Um tema recorrente nos diversos blogs e sites que abordam metodologias
ágeis é "por que o PMBoK inviabiliza as práticas ágeis?". Volta e meia,
nas minhas andanças pela web, esbarro com algum texto listando uma série
de trechos de (bons) livros, usando isso para justificar que a
Gerência de Projetos PMI Style seria óleo e a Agilidade seria água, ou
seja, coisas que não se misturam.
E dá-lhe: "tal trecho que fala 'blá blá blá', no capítulo tal, mostra
que é impossível usar o PMBoK em um projeto ágil" ou: o "tal trecho que
diz 'blé blé blé', o que torna as duas coisas incompatíveis".
Diante do exposto, queria contar uma história. A da minha avó e seu
caderno de receitas. Dona Heloiza era uma grande cozinheira. Não estou dizendo isso por
nepotismo. Era mesmo. Podem perguntar a quem não era da família, mas que
teve oportunidade de degustar sua comida. Galinha ao molho pardo
clássica. Lasanha sensacional. Daria para fazer aqui uma lista enorme de
tudo de bom que ela cozinhava.
A vida inteira minha avó colecionou receitas em um caderno. Cada vez
que lia uma receita em uma revista, ou via em um programa de televisão,
experimentava a mesma. Cozinhava, submetia o resultado à aprovação da
família e, se todo mundo gostasse do prato, ele era registrado no
caderno.
E, assim, o caderno (e a gente) ia engordando. Não importava qual era
a fonte, revista, jornal, dica de amiga, o ciclo era sempre o mesmo.
Aprender, testar, aprovar e registrar.
Mas vovó tinha um segredo. Ela nunca preparava o prato igualzinho ao
que estava registrado. Ela sempre mudava algo, adaptava o preparo à
situação. Se alguém não gostava de cebola, ela ralava a dita cuja e
falava que tal ingrediente não tinha sido usado. Se não tinha massa pra
lasanha, usava massa de macarrão (e ficava sensacional). Se não tinha
camarão pra empadinha, fazia com frango a mesma receita. E ficava bom
demais.
As receitas sempre davam certo e faziam sucesso. Isso
porque eram adaptadas para cada ocasião e necessidade. Não havia ortodoxia nem leitura "ao pé da letra". Havia, sempre, a
vontade de fazer funcionar de acordo com a ocasião.
Assim é o PMBok. Um livro de referências. Um conjunto de melhores
práticas que foram listadas por milhares de especialistas como
interessantes para a execução e o gerenciamento de um projeto. Esses especialistas passaram por experiências, testaram técnicas,
checaram se funcionavam e registraram, para que outras pessoas pudessem
utilizar o conhecimento.
Mas, como um bom livro de receitas, não foi feito para ser seguido à
risca, mas sim para ser adaptado a cada situação. Checando a definição na Wikipédia, encontramos:
"O Guia PMBOK é o guia que identifica um subconjunto do conjunto de
conhecimentos em gerenciamento de projetos que seria amplamente
reconhecido como boa prática na maioria dos projetos na maior parte do
tempo, sendo em razão disso utilizado como base pelo Project Management
Institute (PMI). Uma boa prática não significa que o
conhecimento e as práticas devem ser aplicadas uniformemente a todos os
projetos sem considerar se são ou não apropriados."
Condenar uma obra de referência a uma leitura literal é, no mínimo,
ingênuo. E virar as costas para a opinião de milhares de especialistas
pode soar de forma bem presunçosa. Acredito que o segredo vai ser sempre se munir do maior número de
informações, técnicas e opiniões possíveis. Ter sempre um vasto
ferramental. E, na hora da ação, do fazer acontecer, escolher o que
melhor se encaixa a cada situação.
"Ah, mas meu problema é inédito. Nunca ninguém fez isso". Bom amigo,
aí, nesse caso, cabe a você ser o herói e abrir o caminho na mata
virgem. Mas, se alguém já passou pelo caminho, não custa muito pelo menos
ouvir, nem que seja para fazer diferente.
Daí vejo que minha avó sempre esteve certa. Testou tudo o que achou
de bom no seu caminho. Registrou o que se mostrou melhor. Mas nunca
deixou de adaptar, de se moldar ao momento, de buscar a melhor maneira
de fazer funcionar. Sempre analisando o momento e a situação. Pensem nisso.
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No atual cenário corporativo, a crescente informatização de processos de
negócio, em especial das rotinas financeiras, traz para as organizações
inúmeros benefícios. Mas essa mesma informatização costuma representar
uma exposição maior às fraudes corporativas, que são caracterizadas por
falsificação ou alteração de registros ou documentos, por omissão de
transações nos registros contábeis, por registros contábeis sem
comprovação e, ainda, pela aplicação de práticas contábeis indevidas. Para
melhor compreender as fraudes corporativas é importante saber o que
motiva a execução de atividades fraudulentas. Entre os principais
fatores podemos destacar: 1) Oportunidade: o fraudador não planeja, mas
percebe algumas falhas no sistema de controle interno, o que lhe da
oportunidade de entrar em ação; 2) Motivação financeira: são comuns por
necessidade de pagamento de uma divida, aquisição de um bem etc; 3)
Insatisfação profissional e insegurança: são decorrentes do sentimento
de desvalorização profissional.
Somado aos motivos listados
acima, a ausência de um ambiente de controles internos adequado propicia
as condições necessárias para a ocorrência deste tipo de situação.
É nesse contexto que a TI tem fundamental importância para a prevenção e o combate às fraudes corporativas.
Por
exemplo, um sistema que não restrinja o acesso a rotinas de lançamentos
manuais na contabilidade, ou, ainda, que possibilite o acesso
diretamente ao banco de dados, pode permitir que um profissional
"manipule" o resultado, escondendo uma queda de desempenho ou o alto
grau de endividamento da empresa.
Tais situações podem ser
controladas ou ter sua probabilidade de ocorrência reduzida com a
implantação de medidas eficazes de prevenção, identificação e combate à
fraude.
A área de TI, por meio de uma prática de governança de TI
alinhada à corporativa, deve auxiliar as áreas de negócio com a adoção
de boas práticas de controle.
Alguns exemplos de praticas que
visam fortalecer o ambiente de controles internos são a adoção de
controles automatizados, preventivos e detectivos, nos sistemas
informatizados que suportam os principais processos de negócio; modelos
adequados de segregação de função, por meio de perfis de acesso que
considerem o mínimo de acesso necessário à realização das atividades de
cada um dos profissionais; e mecanismos de autenticação, identificação
de usuários e registro de logs. Esses logs serão utilizados para a
identificação e rastreabilidade de ocorrências.
Dentre essas
soluções, o desenvolvimento de perfis de acesso com adequada segregação
de funções é uma das mais importantes. Não é para menos, pois cada vez
mais são comuns os casos em que funcionários mal intencionados valem-se
do acesso disponível em beneficio próprio. Vide o recente caso da
Receita Federal, onde um profissional usou o acesso que tinha
disponível, mas que não estava relacionado às suas atividades, e acessou
informações sigilosas. Especula-se que a informação tenha sido
utilizada para elaboração de um dossiê sobre determinado politico.
É
crescente também a especialização e a utilização dos meios eletrônicos
para a realização de atividades fraudulentas. Nesse sentido, a
segregação de função surge como um mecanismo de controle interno que
contribui significativamente para o combate de fraudes ou para minimizar
a probabilidade de ocorrência desse tipo situação.
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750 mil. Esse é o número de profissionais de TI de que o Brasil
precisará até 2020. A previsão foi feita pela indústria de software e
serviços. O estudo, chamado de "O Valor Estratégico de Tecnologia
da Informação", foi realizado por ABES, Assespro, Brasscom, Fenainfo,
Softex e Sucesu para avaliar o mercado de TI, que, conhecidamente, tem
poucos profissionais qualificados, o que é uma preocupação para o setor. O
documento tem por objetivo reunir as reivindicações comuns para a
indústria de software e de serviços para esses profissionais. Além
disso, ele busca revisar a desoneração trabalhista e a revisão do modelo
de compras governamentais. Para Antônio Carlos Gil, presidente
da Brasscom, o segmento de TI continuará crescendo em taxas superiores à
do Produto Interno Bruto, com previsão de avanço de 15% neste ano. "Em
2020 teremos menos mão-de-obra, os países-chave passarão por
envelhecimento, como Estados Unidos, Japão e Europa. A solução estará
deste lado do Atlântico", afirmou o executivo. Já o presidente da
Associação Brasileira de Software (Abes), Gerson Schimitt, acredita que
serão criados 750 mil postos de trabalho em dez anos. "Só para 2010 a
defasagem é de 70 mil e para formar um profissional se leva de três a
cinco anos, fora a experiência necessária no início de carreira, e esse
número não é um simples numero. É real". De acordo com a Softex, o
Brasil terá carência de 200 mil profissionais para o setor até 2013.
Para lidar com isso, é necessária a criação de políticas que estimulem a
formação, pensando não apenas em universidade e cursos técnicos, como
também no inglês. Com informações Convergência Digital
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Há dez anos, o gerente de TI de uma empresa dificilmente levaria em
conta o uso racional de energia, água e espaço em suas principais
decisões. Seus investimentos, em geral, recaíam sobre a relação entre o
desempenho tecnológico e os custos dos equipamentos. Hoje os requisitos
para uma arquitetura de infraestrutura tecnológica são muito mais
conscientes em relação ao uso de recursos naturais. Amanhã, então, os
CIOs exigirão uma TI muito mais verde. Os gerentes de TI que
estão na casa dos 30 anos são movidos a desafios e procuram estar
antenados com as discussões mais atuais do mundo globalizado.
Sustentabilidade, por exemplo, é um assunto que está sempre em pauta.
Mas vem aí uma geração de jovens que hoje são trainees e estagiários em
grandes empresas e já têm como prioridade transformar seus ambientes de
trabalho. Aliás, são eles os principais agentes ecorresponsáveis dentro
de suas próprias casas. Mas, quão verdes são as empresas? É
certo que, em poucos anos, a empresa que não tiver sua marca associada a
ações de crescimento sustentável, ao uso racional de recursos naturais,
ao respeito ao meio ambiente e à eficiência energética estará sujeita a
ser vista pelo mercado como uma usurpadora do planeta. Não adianta usar
maquiagem verde. É preciso que a empresa efetivamente assuma um
comportamento ecologicamente responsável. Nesse sentido, a nova geração
terá muito a contribuir. São muitos os universitários, hoje em dia, que
se preocupam em desenvolver soluções para o lixo tecnológico, por
exemplo. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção do Meio
Ambiente (Environmental Protection Agency) destaca a produção de quatro
milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano. Muitas partes,
inclusive, são tóxicas. Tamanho desperdício e risco impõem uma discussão
sobre a descartabilidade. Os novos projetos de infraestrutura de TI
consideram a reutilização dos equipamentos que ainda podem receber um
upgrade ou que, ao integrar um projeto de virtualização, passam a ser
mais bem utilizados em sua capacidade. Acreditar que um projeto
será mais eficiente se os investimentos recaírem sobre equipamentos
novos é um conceito equivocado. Como geralmente essa é a parte que exige
investimentos mais altos, cabe à empresa responsável pelo projeto
oferecer um modelo que esteja não somente dentro do orçamento do
cliente, mas que corresponda às reais necessidades da empresa e do
planeta. Essa é a importância da contribuição das novas gerações para um
ambiente de comunicação cada vez mais verde. artigo publicado originalmente no iMasters, por Adriano Filadoro
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"Se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve." Esse trecho da
obra "Alice no País das Maravilhas", de Lewis Carol, já foi uma
realidade em muitas empresas. Hoje, no entanto, elas buscam a sua
consolidação no mercado e sabem exatamente onde querem chegar e é o
planejamento estratégico que direciona o board para essa missão. Embora
seja um assunto exaustivamente discutido no mundo dos negócios, o
conceito de estratégia nasceu no campo militar. A "Arte da Guerra", um
dos mais conhecidos livros sobre o tema, foi escrito por volta do século
IV a.C. por Sun Tzu e acredita-se, inclusive, que foi usado por grandes
personagens da história, como Napoleão Bonaparte. A obra discorre sobre
estratégias e táticas de batalhas e guerras. É atualmente referência no
mundo dos negócios justamente por trazer conceitos que se adaptam
confortavelmente à realidade corporativa contemporânea. Nesse cenário,
as batalhas geralmente são travadas no campo da concorrência e na busca
incansável por qualidade, inovação tecnológica, conquista de novos
mercados, entre outros. E o que TI tem haver com tudo isso?A
Tecnologia da Informação, principalmente na última década, deixou de
ser apenas uma provedora de infraestrutura técnica e de serviço para ser
tornar parceira dos negócios. As empresas que entendem esse novo papel
de TI - e sabem também que essa área possui o potencial de adicionar
valor agregado aos negócios por meio da otimização dos seus processos e
no suporte às definições de investimentos em infraestrutura necessários
para alcançar os objetivos - poderão se concentrar quase que
exclusivamente nas atividades fim da empresa. Nesse contexto, TI não só é
um componente importante do planejamento estratégico, mas um dos
facilitadores nesse processo. O próprio CobiT (framework de
Governança de TI desenvolvido pelo ITGI) é incisivo na recomendação do
alinhamento de TI aos negócios. Mais que uma boa prática, a consideração
das operações de TI no plano estratégico é imprescindível. Aliás, esse
framework recomenda a elaboração de um "Plano estratégico de TI"
(Objetivo de Controle PO01) que permita a sua integração com a
estratégia global da empresa. Normalmente encontramos esse plano sob a
denominação de "PDI (Plano Diretor de Informática)" e/ou "PDTI (Plano
Diretor de Tecnologia da Informação"). O alinhamento do
planejamento estratégico global da empresa com o planejamento de TI é
uma tarefa desafiadora, principalmente em empresas com estrutura
familiar, que geralmente possuem seus planos estratégicos não
documentados. Os acionistas, nesses cenários, são os únicos detentores
desse plano e/ou alento (o que mostra que eles sabem exatamente para
onde querem ir). A forma mais adequada para se alcançar um
posicionamento competitivo e diferenciado no campo corporativo é traçar a
missão da empresa, sua visão, seus valores, suas metas e os seus
respectivos objetivos. Quando há clareza de onde se deseja chegar, há
caminhos específicos que devem ser trilhados (qualquer caminho não
serve). A construção de um plano estratégico sem contemplar as operações
de TI poderá comprometer significativamente o seu sucesso. A
construção de um plano estratégico global corporativo, considerando o
plano estratégico de TI, produzirá inovação, melhor gerenciamento dos
recursos, aumento da qualidade e diminuição dos riscos inerentes aos
processos, de modo a alcançar os objetivos estabelecidos e esperados
pelos acionistas. artigo publicado originalmente no iMasters, por Nilo Rocha
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De acordo com dados do Gartner, em 2014, no Brasil, os gastos de
usuários finais com tecnologia da informação devem chegar a US$ 134,2
bilhões. O montante representará um crescimento de 7,3% em relação aos
US$ 101,3 bilhões previstos para este ano, e 10,4% do produto interno
bruto (PIB) do Brasil daqui a quatro anos. O segmento
responsável pelos maiores gastos será o de telecomunicações, que irá de
US$ 73,078 em 2010 para US$ 93,763 em 2014. O Garner acredita que os
mercado de software, PC, armazenamento e serviços de TI terão
crescimento de dois dígitos. Já os gastos com servidores devem
representar o menor crescimento no período. Para o Gartner, a
Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos no Brasil vão direcionar fortes
investimentos em TI, já que haverá a necessidade de construção de
infraestrutura para dar suporte a vários setores como turismo,
transporte e segurança. Apenas para a Olimpíada, o instituto prevê
investimentos da ordem de US$ 14 bilhões. Com informações de IT Web
notícia publicada originalmente no iMasters, em 16 de setembro de 2010.
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De acordo com um estudo do Gartner,
os serviços de cloud computing de prestadores externos (ESPs) deverão
responder por 10,2% dos gastos com serviços externos de TI neste ano. O
diretor de pesquisas do Gartner, Bob Igou, afirmou que o mercado de
cloud evolui muito rapidamente, e 39% dos entrevistados disseram ter
orçamento destinado especificamente à computação em nuvem, que é
considerada prioridade em suas organizações. Além disso, segundo o
executivo, aproximadamente 35% dos investimentos em cloud computing são
continuação dos gastos realizados no ano passado. Outros 35% afirmaram
que esse orçamento é adicional e 14% tiveram orçamento alocado de outra
categoria para cloud computing. Os dados do Gartner apontaram que
46% dos executivos que possuem uma verba destinada para cloud computing
indicaram que pretendem aumentar a adoção dos serviços para provedores
externos. Os entrevistados, segundo o levantamento, esperam
maiores investimentos em implementações de nuvem privada para uso
interno ou restrito (43%) do que em uso externo e público (32%). Regionalmente,
Ásia e Pacífico, Europa e Oriente Médio e África (EMEA) e América do
Norte gastaram entre 40% e 50% do orçamento de cloud em serviços de
nuvem contratados de ESPs. A América Latina foi exceção, com uma porção
expressivamente maior dos orçamentos voltada ao desenvolvimento e à
implementação de ambientes de cloud privada e pública. Segundo o
Gartner, isso reflete a necessidade de investir em um relacionamento
mais próximo e interações maiores, ambas características da cultura
latina. O estudo ouviu 1.587 profissionais responsáveis pela
gestão do orçamento de TI, incluindo CIOs, vice-presidentes, diretores e
gerentes de TI, entre outros, em 40 países. Com informações de Convergência Digital
notícia publicada originalmente no iMasters, em 23 de setembro de 2010.
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Aquecimento global, alterações climáticas, o excesso de lixo: no âmago
de algumas das principais preocupações que afligem a humanidade hoje,
está a questão da sustentabilidade ambiental - a noção de que, se
continuarmos utilizando os recursos naturais no mesmo passo que seguimos
desde a revolução industrial, os danos à biosfera serão irreversíveis,
causando extinções em massa e até mesmo colocando a vida humana em
risco. Todos nós temos que fazer a nossa parte contra esse
cenário. Entretanto, são as empresas, grandes e pequenas, responsáveis
pela maioria dos processos produtivos e por uma grande parte do uso dos
recursos naturais. Por sorte, hoje já passamos da fase do convencimento
da importância das práticas sustentáveis para a ação pura e simples.
Nesse contexto, surge a TI Verde, ou a idéia de que é possível criar e
utilizar tecnologias que levarão ao crescimento sem agredir o meio
ambiente, sempre com foco no aumento de produtividade, o que em si já
representa uma grande contribuição para redução de uso dos recursos
naturais. E onde está o "coração" da TI Verde? Não é difícil
chegar até a resposta: onde está o "coração" do seu datacenter, do seu
servidor, do seu sistema? A peça fundamental onde a TI se baseia são as
tecnologias de processamento. É por isso que qualquer projeto de TI
Verde sempre começa com a decisão pela plataforma com maior eficiência
energética: quantos números eu serei capaz de mastigar com uma dada
quantidade de watts, e em quanto tempo? É importante notar que o
avanço na tecnologia de processadores - por meio da adoção de
arquiteturas mais eficientes e principalmente na diminuição do tamanho
dos circuitos - invariavelmente leva à eficiência energética. Ou seja,
quando uma empresa decide adiar a renovação de seus computadores, ela
não apenas deixa de ganhar produtividade, mas também deixa de economizar
na conta de luz. Mas isso é apenas o começo: a verdadeira TI
Verde começa na fabricação dos equipamentos, e não no seu uso. A empresa
ecologicamente responsável precisa levar em conta os processos
produtivos de seus fornecedores. Processadores, por exemplo,
tradicionalmente utilizam o chumbo, um material altamente tóxico, em
seus processos de soldagem. Nos últimos 10 anos, a Intel simplesmente
eliminou o uso de chumbo no processo de fabricação de seus
processadores. Desde 2008, a Intel também investe em mudanças para
reduzir e até eliminar de seus produtos os halogênios, elementos
químicos tradicionalmente utilizados na indústria de eletrônicos para
evitar o superaquecimento. Os componentes halogênios, além de difíceis
de reciclar, podem ser tóxicos se inalados. A preocupação com o
meio ambiente não pode passar ao largo das compras tecnológicas. Uma boa
pesquisa e senso de responsabilidade trazem benefícios econômicos e
produtivos também. A TI Verde não é sobre gastos desnecessários e dores
de cabeças, mas sobre compras inteligentes e soluções eficientes, onde
ganha a empresa, o funcionário, e todas as outras pessoas no planeta. artigo publicado originalmente no iMasters, por Reinaldo Affonso
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O cientista brasileiro Breno Silva, consultor de segurança da IBM
Brasil, desenvolveu um novo algoritmo capaz de desenvolver padrões para
detectar ataques à rede e para projetar o bloqueio com até 50% mais
velocidade do que os já existentes. Trata-se de um algoritmo pattern-matching
para busca de padrões em superalfabetos, especialmente para padrões
pequenos, capaz de identificar com mais eficiência invasões na web. O
objetivo é melhorar o controle de acesso aos dados de grande valor para
uma organização, preservando sua confidencialidade, sua disponibilidade
e sua integridade. A ferramenta é usada para identificar
padrões numa grande quantidade de dados, detectando e prevenindo
possíveis ataques na rede através da comparação dos sistemas em busca de
similaridades e respostas. A criação de Breno representou uma
grande evolução na tecnologia e na segurança da informação devido ao
fato de identificar ataques à rede que antes poderiam passar pelo
sistema sem serem notados. De acordo com o criador do algoritmo, a
ferramenta, também pode ser aplicada na biologia e na física
computacionais, no processamento de imagens, no processamento de fala e,
futuramente, em redes smart-grid. notícia publicada originalmente no iMasters, em 29 de setembro de 2010.
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Um levantamento feito pela IDC,
junto com uma análise feita desde o início de 2009, a participação do
Linux em empresas deve crescer aproximadamente 17% ao ano até 2013. O
estudo foi feito com quase mil empresas (726 usuárias de tecnologia e
138 fornecedores de soluções de TI) e mostrou que nas instituições com
mais de 10 funcionários, 50% não usam o software open source, número que
não passa de 10% nas que têm mais de 100 trabalhadores. Entre
as instituições que usam softwares livre, o Linux é o mais recorrente,
presente em 11,9% das empresas usuárias de tecnologia e em 12,9% das
fornecedoras de TI. O Firefox vem logo atrás, com 11,1% de adesão nas
empresas que utilizam tecnologia e com 8,5% nas fornecedoras de
soluções. Na terceira colocação está o MySQL, escolhido por 10,5% das
empresas usuárias e por 10% das fornecedoras. Segundo
analistas, o sucesso do software livre no mercado se deve principalmente
à crise financeira que levou muitas empresas a adotarem recursos de
trabalho mais baratos. Com informações de Olhar Digital
notícia publicada originalmente no iMasters, em 01 de outubro de 2010.
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Geralmente as empresas destinam entre 1% e 3% da receita anual para
projetos de tecnologia. Não há dúvida de que à indústria de TI e seus
acelerados avanços pode ser atribuída grande parte do sucesso e do
crescimento da economia mundial. Mas há que se considerar que nenhuma
tecnologia é boa o suficiente se atrás dela não houver pessoas
capacitadas. Nos últimos 50 anos, o mundo desenvolvido se sentiu
desafiado a ganhar mais e mais produtividade. Chega a ser impressionante
a velocidade com que o progresso bate à nossa porta, muito em função da
tecnologia da informação e da comunicação. Estamos ganhando uma
velocidade de transformação e de criação ímpares. Mas, analisando
o capital humano que lida com tamanha evolução, percebemos que urgem
mudanças estruturais nas empresas. É preciso capacitar as equipes de
trabalho de modo que as pessoas sejam estimuladas a desenvolver mais
suas habilidades de conhecimento, análise, intuição e criatividade. A
tecnologia da informação por si só não faz milagres. É preciso ensinar
as pessoas a extraírem o melhor do contexto em que estão inseridas.
Vejamos: determinada empresa investe na infraestrutura de rede, contando
com uma estação de trabalho para cada vendedor/atendente. Investe,
também, em aplicativos que permitem elaborar e transmitir orçamentos aos
clientes em curto espaço de tempo. Entretanto, ao não capacitar sua mão
de obra apropriadamente, se arrisca a perder aquele cliente que faz
contato por telefone na esperança de que um profissional especializado
compreenda suas necessidades e possa contribuir para a realização de uma
compra acertada. Enquanto o colaborador se preocupa com a
'formalização', o cliente se frustra porque não conseguiu obter
'informação'. No âmbito das pequenas e médias empresas, esse tipo de
relacionamento mal resolvido é muito comum, gerando insatisfação. O
cliente se queixa do vendedor que, por sua vez, se queixa do sistema que
trouxe consigo mudanças no atendimento. Imagine o quanto seria melhor
se o vendedor/consultor pudesse destinar cinco minutos daquele dia para
ouvir o cliente, compreender como poderia atender àquele pedido de modo
que resultasse numa equação 'ganha-ganha', em que todos saem
satisfeitos. Numa outra situação, uma fila de pacientes aguarda
com cara amarrada a volta do sistema, que 'saiu do ar'. De repente, os
mesmos atendentes que até bem pouco tempo colhiam dados do paciente,
transcrevendo tudo para o papel e repassando depois para os médicos e
para a administração, sentem-se incapazes de resolver qualquer coisa que
dependa do acesso ao computador. Não fazem isso por vontade própria, é
claro. Mas porque faltou à direção da empresa capacitá-los para que
desenvolvessem o senso de oportunidade e improviso. Preferem, também
nessa situação, arriscar o relacionamento com o cliente. Não se
pode duvidar que a tecnologia nos dotou de velocidade suficiente para
atender às demandas da nova economia. Mas é preciso aguçar o senso
crítico e perceber que a tecnologia, por mais avançada que seja, ainda
não substitui a tomada de decisão dos seres pensantes que fazem uso
dela. O sucesso não vem fácil, mas chegará mais rapidamente se os
empreendedores privilegiarem seus colaboradores e incentivarem o
desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e comportamentais. artigo publicado originalmente no iMasters, por Adriano Filadoro
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No mundo da tecnologia, problemas exigem soluções, e as soluções em geral abrem o
leque para mais problemas, o que eventualmente pede outras soluções. Nesse
âmbito, percebemos que tecnologia surge a todo instante. Ora, a cada
problema resolvido, teremos uma solução encontrada, e nesse ciclo
encontramos várias linguagens e plataformas de programação.
Nesse
momento, surgem perguntas errôneas, como por exemplo: "qual é a melhor
linguagem de programação?". Vamos discutir mais adiante qual seria a
melhor pergunta, antes de encontrar a melhor resposta. O dilema que
vivemos hoje em cada projeto foi vivido também nos primórdios da energia
elétrica. Veja:
Por volta de 1890, foi anunciado um prêmio para aquele que
conseguisse implementar um sistema de distribuição elétrica eficiente.
Dentre os inventores que perseguiram a implementação perfeita estavam
Thomas Edson e George Westinghouse, juntamente com Nikola Tesla.
Edson
propunha o método de transmissão por corrente contínua, no qual em cada
quarteirão haveria uma subestação elétrica para manter a tensão elétrica
até os pontos necessários. Por outro lado, Tesla e Westinghouse
propunham a transmissão por corrente alternada, onde a corrente era
elevada a altas tensões para poder ser transmitida a distâncias muito
maiores, e a cada subestação a tensão era convertida novamente.
Edson
era muito famoso por suas inúmeras invenções, em especial a lâmpada. Ele
não era um cientista, antes, era altamente experimental; anotava tudo o que
fazia e tinha como meta criar um pequeno invento a cada 10 dias e um grande invento a cada seis meses.
Já Tesla, que era apoiado por
Westinghouse, estudou nas melhores universidades e era conhecido pelos
seus métodos inovadores e ousados; ele anotava somente o necessário;
chegou a trabalhar com Edson quando fora para os EUA, porém isso não
perdurou.
Edson, pressionado pelos seus clientes quanto à mudança para corrente
alternada, empreendeu diversas campanhas publicitárias para tentar
convencer a população de que a corrente alternada era um risco, e não uma
solução. Em meio a essa guerra travada, Westinghouse propôs a
Edson uma parceria, para que juntos pudessem construir o melhor meio de
transmissão; Edson sequer o respondeu.
A dupla Westinghouse e Tesla ganhou a licitação para apresentação
na feira de Chicago e, devido a isso, Edson proibiu a utilização das
suas
lâmpadas, levando Tesla à implementação de uma nova lâmpada para
utilizar na
apresentação - que foi um sucesso: toda a cidade iluminada e a premiação
das Cataratas do Niágara garantida a eles. A corrente alternada
se popularizou, sendo um método de transmissão utilizado no sistema
elétrico conhecido nos nossos dias.
Podemos ver semelhanças entre o que houve na guerra elétrica com o
que vivemos nos dias de hoje, estamos em meio a uma corrida para o
melhor desenvolvimento, as melhores tecnologias e os melhores métodos que propiciem o
desenvolvimento em custo, tempo e qualidade satisfatórios. Afinal, qual é a
melhor linguagem? Qual o melhor método de desenvolvimento de software?
Acho que não existe uma resposta única para cada pergunta. Creio que as
linguagens que temos à disposição e as metodologias que podemos usar
para implementar softwares devem ser utilizadas no momento oportuno. É
uma questão de
estratégia, muito mais do que um assunto de preferências pessoais. Ou
seja, não há melhores e piores, mas sim o mais adequado.
Encontramos
no mercado de TI profissionais com estilos como Edson e Tesla:
percebe-se
que Edson tinha uma metodologia parecida com o Scrum, no que condiz às
metas de implementação; por outro lado, ele era altamente documental. Já
Tesla era simplista, documentava o necessário e tinha seu foco
voltado para resultados. Ambos foram gênios que fizeram grandes
descobertas na História, mas o que fica muito explícito na "guerra
elétrica" foi o ego: Edson sabia que a corrente contínua não era ideal
para a necessidade, mas, por ele ser "o grande Edson", não quis "dar o
braço a torcer"; não foi o seu jeito de trabalhar que o levou à derrota,
nem mesmo o seu conhecimento, e sim o ego. Por outro lado, as decisões
ousadas por parte de Westinghouse e Tesla foram decisivas para o sucesso
do projeto.
Para vermos a mesma guerra que foi travada entre Edson e
Tesla/Westinghouse,
basta acessarmos grupos de discussão sobre Gerência de Projetos,
Engenharia de Software e Linguagem de Programação; encontraremos
inúmeros "Edsons" e "Teslas" discutindo se devem aplicar Agilidade em
tudo, ou usar .Net para todos os projetos, e outras discussões como
essas, que não levam a nenhum lugar concreto e raramente servem para
outra coisa se não expor uma opinião pessoal.
E então surgem as perguntas... "E se o ambiente for Linux? Vou
forçar Mono para manter .Net ou implementaria com Java? Será que não
preciso conhecer o todo para implementar as partes?
Se for implementar
uma baleia, eu não preciso saber de toda a baleia? E se eu implementar
só a nadadeira, no final não correria o risco de ter uma nadadeira de
golfinho para colocar em uma baleia?
Será que a mesma regra realmente pode ser sempre aplicada? Até
onde nosso objetivo é fazer um bom projeto, ou será que queremos apenas
fazer um bom nome? Acredito que se o projeto for bem feito,
consequentemente o nome do profissional será "bem feito" também.
Até onde nosso objetivo é a solução ideal, e até onde ele é apenas a nossa opinião? É preciso refletir sobre isso.
artigo publicado originalmente no iMasters, por Bruno Carlos Alves
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O cenário empresarial recente vem se mostrando cada vez mais
dependente do uso da Tecnologia da Informação (TI) na execução de suas
atividades. Em determinados casos, o papel da TI é extremamente decisivo
para o sucesso de um negócio.
Sob vários aspectos, podemos observar a presença de recursos da
Tecnologia da Informação nas operações de uma empresa. Na comunicação,
por exemplo, fazemos uso diário de diversas ferramentas fornecidas pela
TI, tais como: e-mail, mensagens instantâneas, redes sociais, blogs,
entre outras.
Atualmente, os sistemas de informação são responsáveis pelo progresso de
muitas organizações. A realização de certas atividades essenciais para o
funcionamento de uma empresa sem o uso de sistemas informatizados é
praticamente impossível.
Para executar uma operação de venda ou a
emissão de uma nota fiscal eletrônica, por exemplo, é imprescindível a
utilização de um sistema.
Além de proporcionar a base necessária para os processos vitais das
organizações, os sistemas de informação podem ser encarados como
agregadores de diferencial competitivo.
Por causa desse fator, a tomada de
decisão gerencial está bastante ligada à disponibilidade de informações
estratégicas relacionadas à empresa e à forma como esta desempenha suas
funções.
Existem inúmeros casos de sucesso referentes ao bom uso das
informações na formulação de estratégias de negócios. Independentemente da área de
atuação, é difícil imaginar
bons resultados no trabalho de um gestor sem a aplicação de sistemas de informação adequados.
Em resumo, a informação deve ser um recurso indispensável no
cotidiano dos profissionais incumbidos da tomada de decisão nas
organizações e não deve ser restrita apenas ao alto escalão da
hierarquia da empresa, mas sim estar distribuída em todos os níveis onde
ela for necessária.
A área de Tecnologia da Informação deve ser considerada uma parceira
para os negócios onde está inserida. Deve receber a devida atenção por
parte dos empreendedores e contribuir para o progresso das organizações
de forma efetiva, ética e inovadora.
Nossos laços de dependência com a
TI tendem a se ampliar constantemente. Use-a de forma inteligente à seu
favor.
artigo publicado originalmente no iMasters, por Tiago Vailati
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Falar em eficiência energética implica em considerar menor consumo de
energia e, geralmente, novas tecnologias. Num país em franco
desenvolvimento, como o Brasil, a demanda por energia tem crescido de
modo impressionante. Mas o problema é mundial. Entre 1990 e 2006, o
consumo global de energia aumentou 26%. Analisando o setor de serviços
isoladamente, esse percentual subiu 39% - levando muitos países a
envidar esforços no sentido de reduzir o consumo de energia elétrica. Tanto
nos Estados Unidos quanto em outras grandes economias, empresas de
tecnologia tentam implantar soluções que reduzam o consumo de energia
elétrica. No Brasil, entretanto, o assunto ainda é tratado de forma
tímida. Apenas grandes corporações têm a eficiência energética na pauta
de discussões. Naturalmente, a maioria das empresas está mais
empenhada em incluir um projeto de energia elétrica redundante para
suportar sua nova estrutura de TI. Mas é evidente que em pouco tempo a
necessidade de redução dos custos envolvidos no consumo de energia, bem
como os problemas que envolvem mudanças climáticas e um risco maior de
apagões, farão com que se pense efetivamente em soluções práticas para
controlar o uso - e principalmente o desperdício - dos recursos
naturais. Medidas como a categorização dos equipamentos de TI e
os programas de padronização em relação ao desempenho energético dos
produtos estão sendo formuladas de modo bastante criterioso. Em pouco
tempo, a opinião pública será convidada a participar de forma mais ativa
no processo de decisão sobre qual equipamento se enquadra nas
necessidades globais e quais devem ser descartados. Se antes ninguém se
informava sobre o consumo energético de determinado produto antes de
efetuar uma compra, hoje o cenário é outro, e o nível de consciência em
relação aos esforços necessários para economizar os recursos naturais do
planeta é cada vez maior. Em relação à infraestrutura de TI,
agir de forma alinhada com as preocupações globais não significa apenas
consolidar servidores físicos e investir na virtualização das máquinas
para aumentar a performance e melhorar a administração do ambiente
profissional. É preciso pensar mais adiante, em sistemas que reduzam o
consumo desenfreado dos nossos recursos naturais. Através da
adequação de servidores, tecnologias de virtualização e novos
equipamentos para garantir o funcionamento e o resfriamento das
máquinas, hoje já é possível reduzir 20% dos custos com energia. Na
prática, é como se diminuíssemos um em cada cinco racks de um Data
Center. Em muitos casos, entretanto, pequenas mudanças também podem
resultar em grandes ganhos. É o caso de desobstruir todas as saídas de
refrigeração e aproximar os racks. Outra mudança importante é vedar o
ambiente, a fim de concentrar ainda mais o ar frio do ambiente. Outra
medida eficaz é optar pela terceirização do Data Center. De modo geral,
os ganhos relacionados à redução de energia, espaço e recursos humanos
têm feito com que muitas empresas considerem mais essa estratégia que se
enquadra na responsabilidade socioambiental. Delegar a tarefa a uma
empresa eficiente nesse nicho de mercado parece ser, do ponto de vista
do meio ambiente e dos negócios, uma decisão mais estruturada e alinhada
com as grandes questões globais da atualidade. artigo publicado originalmente no iMasters, por Ezequias Sena
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