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Não é de hoje que as empresas deixam de dar a devida atenção ao
cadastro de um novo cliente ou então em atualizar e/ou enriquecer o seu
banco de dados, no momento em que há uma nova oportunidade de contato.
Em
nossa rotina, ao conhecermos e nos apresentarmos a uma nova pessoa,
informamos o nosso nome, em alguns casos, até o que fazemos
comercialmente. Nas relações comerciais, entre cliente e empresa não é
diferente, é fundamental que ambos se apresentem.
O processo de
cadastro de um novo cliente é onde nasce a informação e é o momento
ideal para as organizações identificarem as pessoas ou as empresas com
quem estão iniciando uma relação comercial.
Identificando o cliente
A primeira etapa para qualquer empresa que deseja começar a
desenvolver uma estratégia de comunicação dirigida, ou de CRM, é
identificar o seu cliente e criar um banco de dados com os mesmos.
A
identificação de um cliente passa inicialmente pela definição de quais
informações cadastrais serão coletadas em decorrência da sua utilidade
para as organizações.
A definição de quais dados se obter pode levar a dois caminhos:
Simplista
- possibilita em alguns casos o cadastro de poucos dados, nome e e-mail
como, por exemplo, em formulários na web. Deixar nas mãos do cliente a
decisão do que deseja informar pode ser uma estratégia que não vai ao
encontro das necessidades posteriores da marca. O ideal é permitir o
cadastramento unicamente de clientes que desejam se relacionar com a
empresa e estão dispostos a informar o cadastro correto. Por isso a
importância de se utilizar as regras de consistência de entrada de
informações.
Complexa - nesse caso, o número de
informações solicitadas torna-se um inibidor de cadastro ao cliente.
Ele sofre só de ver a quantidade de informações que deverá preencher ou
fornecer para efetuar o seu cadastro e às vezes desiste. Claro que
existem casos, como a solicitação de um visto Americano, que é
necessário, mas nos deparamos com situações de empresas que solicitam o
número do passaporte, sem que você entenda qual a finalidade dessa
informação para aquela empresa.
Uma das principais chaves de
identificação de um cliente é o CPF ou o CNPJ. Algumas empresas deixam
de solicitar esse atributo. Se houver oportunidade, inclua essa opção no
cadastro. Claro, para aqueles clientes que estão interessados em
receber somente uma newsletter não será necessário solicitar esse
atributo. Ambos são atributos necessários para verificar se o registro
já existe na base de dados, ou mesmo posteriormente para ser utilizado
no enriquecimento da base de dados com atributos como, por exemplo: data
de nascimento, renda, profissão, classe social, telefones, e-mail etc
através de empresas de birô de informações. Ou então realizar uma ação
de co-brand, onde existe a necessidade de cruzar dois ou mais bancos de
dados de empresas parceiras. Sem essa chave, o trabalho se torna oneroso
tanto em tempo, quanto em custos às mesmas e, muitas vezes,
inviabilizando o projeto.
Principalmente em São Paulo, com a
nota fiscal eletrônica, cada vez mais os consumidores estão solicitando a
inclusão do seu CPF na nota fiscal, passando a adquirir o hábito em
fornecer essa informação às empresas para qualquer que seja a natureza
de negócio e, nesse sentido, por que não fornecer a empresas onde se tem
o interesse em se cadastrar? Em pouco tempo a lei de nota fiscal
Paulista será estendida a outros estados.
O importante é
solicitar ao cliente o que realmente é relevante à empresa e que ele
perceba valor no que está informando. Se ele disponibilizou o e-mail é
porque deseja receber informações relevantes da empresa por esse canal.
Após
a definição de quais dados cadastrais serão capturados, o próximo passo
é adotar soluções que permitam certificar-se da qualidade e da
integridade dos dados que serão coletados, ou seja, se a informação
recebida contém os dados desejados e se é exatamente a mesma que será
colocada à disposição da empresa.
E, nesse sentido, a integridade
da informação é fundamental para o êxito da comunicação e do
relacionamento entre clientes e empresas. Quanto mais atualizado estiver
seu banco de dados, maior é a chance de retorno sobre o investimento.
Empresas de todos os
portes já descobriram as vantagens de adquirir sistemas de TI que
facilitem suas atividades. Tanto que o aumento de serviços nesse setor
está crescendo em todo o mundo. Segundo o Gartner, a expectativa é que
sejam gastos 817,9 bilhões de dólares no setor somente este ano, o
que representa um crescimento de 4,6% no mundo.
O
Brasil está seguindo essa tendência, o mercado brasileiro de TI terá
crescimento de 13% em 2011, somando aproximadamente 39 bilhões de
dólares em investimentos, segundo a consultoria IDC. Nos dias atuais, é
impossível pensar em uma empresa que não invista em sistemas de TI. E a
previsão dessas empresas é aumentar ou manter esses volumes de
investimentos.
A
alocação de profissionais ou a contratação do desenvolvimento externo
de sistemas são as duas formas de terceirização mais conhecidas. Com a
alocação de profissionais, a gestão do desenvolvimento do sistema fica
por conta da empresa contratante. Já com a contratação de uma fábrica de
software para o desenvolvimento do sistema, a empresa contratada deve
entender a necessidade do cliente, definir o escopo, desenvolver e
entregar o sistema pronto, ficando responsável por toda a gestão.
Contudo,
cada empresa tem uma necessidade específica, pois é possível
terceirizar os serviços para realizar desde pequenas manutenções até o
desenvolvimento de grandes projetos. Em certos casos, é necessário
combinar alocação de profissionais com projetos de fábrica de software.
Para
não sobrecarregar os funcionários e comprometer o crescimento da
atividade fim das empresas, uma das alternativas adotadas é a
terceirização dos serviços da área de TI. Essas empresas obtêm inúmeras
vantagens, pois conseguem alavancar desenvolvimentos de sistemas, cujos
colaboradores internos não conseguem atender, por estarem com
as atenções voltadas para o core business da organização.
Com
a terceirização, os gestores não precisam selecionar, contratar,
qualificar e posteriormente demitir. Não há necessidade de passar por
todo esse processo burocrático. A terceirização permite que haja um
profissional capacitado para desenvolver o projeto, mas sem o ônus
desses processos.
Claro
que os cenários são variados e que não há nenhuma pesquisa que comprove a
redução dos valores, mas com a contratação de uma empresa de alocação,
esses serviços estão sob responsabilidade da empresa contratada.
Quando
a empresa opta por alocar profissionais, na maioria das vezes, é porque
não há especificações necessárias ou elas mudam com rapidez.
A
outra forma de terceirização, que é contratar uma empresa para
desenvolver o sistema, tem a vantagem da gestão do projeto ficar sob
responsabilidade da empresa contratada. Assim sendo, ela gerenciará e
desenvolverá o projeto dentro do prazo e orçamento definidos.
Nesse
caso, exige-se uma especificação clara dos serviços com um alto grau de
precisão. Mesmo assim, é importante que o cliente acompanhe a gestão,
geralmente por meio de reuniões semanais e relatórios, assim como a
atualização do cronograma e ajustes de prioridades.
Tanto
na alocação de profissional quanto na contratação de uma fábrica de
software, deve existir uma relação de confiança entre as partes.
Analisar o currículo da empresa e sua história é fundamental, mas o
contato com clientes e visitar a empresa fazem toda a diferença.
As
variáveis que permitem decidir um caminho ou outro nem sempre são
financeiras, têm a ver com organização interna das empresas, capacidade
de gerenciamento e principalmente comprometimento.
As fronteiras são sempre sutis, mas aqui vão algumas dicas na hora da escolha:
Quando determinar se o projeto deve ser desenvolvido internamente ou por equipe externa?
Quando a especificação, detalhamento, desenvolvimento e gerenciamento do projeto não podem ser realizados pela equipe interna.
Uma
vez decidido que o projeto a ser desenvolvido deverá ser terceirizado,
deve-se definir a forma de terceirização, alocação de profissionais ou
fábrica de software, considerando os seguintes aspectos:
Espaço físico disponível.
Softwares e hardwares necessários.
Prazo de entrega.
Disponibilidade de gestão.
Custo do serviço.
Cada caso merece uma atenção especial por se tratar de uma venda consultiva.
Muitas empresas estão investindo em aplicativos mobile. De
bancos a fabricantes de sabão, todo mundo quer ter sua bandeira fincada nas
lojas de aplicativos mobile. Esse movimento tem um quê de “corrida do
ouro”, com muita gente desenvolvendo aplicativos mobile porque todo mundo está
fazendo, sem uma definição clara de objetivos e, o que é mais importante, sem
um estudo de alternativas para se atingir esse objetivo.
Existe uma alternativa às aplicações mobile: são os sites
mobile. Recomendo que a empresa avalie, antes de iniciar a construção de uma
aplicação mobile, se seu problema não pode ser resolvido por um site mobile.
Sites mobile são multiplataforma. Já aplicativos para
iPhone não rodam em Android, aplicativos para Blackberry não rodam em Windows
Phone. Desenvolver um aplicativo que funcione nessas quatro plataformas
significa desenhar uma vez só, porém construir quatro vezes, em linguagens
de programação diferentes, com APIs diferentes.
Disponibilizar seu aplicativo nas diversas lojas mobile
também significa encarar várias exigências burocráticas.
Um bom site mobile, por outro lado, funciona nas quatro
plataformas citadas acima, e tem grande chance de funcionar em qualquer outra,
sem esforço extra.
Sites mobile usam uma base de código que é aproveitada para
desktops. Se você já tem um site ou aplicativo web que atende as suas
necessidades, provavelmente, para ter um site mobile, será preciso mexer apenas
no que os desenvolvedores chamam de "camada de apresentação". Caso
você não tenha um site ou um aplicativo web e decida construí-lo mobile, vai
aproveitar boa parte do seu investimento, se no futuro decidir tê-lo também
funcionando em computadores.
Com HTML5, sites mobile podem executar quase tudo o
que uma aplicação mobile faz, incluindo acessar o GPS, ler a orientação do
dispositivo (se o telefone está em pé ou deitado), guardar dados no telefone,
desenhar gráficos, transições, animações, tocar áudio e vídeo, e até funcionar
offline.
Quando você precisa de um aplicativo? Existem situações em
que construir um aplicativo é essencial:
Está desenvolvendo um jogo pesado
Ainda é muito difícil, com HTML5, construir interfaces
tridimensionais, com gráficos de alta qualidade, muito movimento, respostas
rápidas e interação com som.
Precisa interagir com o telefone
Não há uma maneira de um site mobile ler a agenda de
contatos do telefone, ou as fotos da galeria, por exemplo. Embora existam
maneiras de, por exemplo, disparar uma ligação telefônica a partir de um
link ou botão.
Necessita de interação precisa com o acelerômetro
Sites mobile, hoje, apenas sabem se o telefone está em pé ou
deitado, e mais nada. Não dá para fazer um aplicativo controlado pelo acelerômetro,
assim como uma corrida em que o volante é o próprio telefone.
Pretende cobrar por seu aplicativo
Existem alternativas para se cobrar pelo acesso à aplicação
ou vender conteúdo dentro dela, e fazem todo o sentido se seu aplicativo for
realmente multiplataforma, acessível do computador e do celular. Se você pretende cobrar pelo uso do próprio aplicativo, é
bom avaliar se usar as lojas de aplicativos, em que o usuário compra com um
clique, já tendo seu cartão de crédito cadastrado, é a melhor
solução. Nesse caso, as lojas de aplicativo também vão dar visibilidade
ao seu aplicativo.
Seu aplicativo precisa rodar em background
Se seu aplicativo precisa de um serviço rodando em segundo
plano, você não conseguirá fazer isso com um site. Por exemplo, se seu
aplicativo deve avisar o usuário cada vez que ele se aproximar de um local
específico, mesmo que ele esteja fazendo outra coisa no telefone ou esteja com
o telefone no bolso.
Há, por outro lado, uma diversidade de situações em que um
bom site mobile pode substituir, com vantagens, um aplicativo. Por exemplo, quando o
aplicativo só acessa seu site, como fazem muitos aplicativos de internet
banking, que são exatamente iguais ao site mobile do banco. Mesmo que seu site
seja um aplicativo web razoavelmente complexo, com animações, gráficos e
interações, é muito provável que seja possível fazê-lo funcionar em dispositivos
móveis, atendendo a uma variedade de plataformas com um único esforço de
investimento.
Avalie alternativas antes de construir um aplicativo mobile.
Talvez você possa, com um site mobile, atingir um público muito maior, com um
investimento menor, e ainda tenha uma drástica redução nos custos de manutenção
e atualização do aplicativo.
O Brasil é um país que vem ganhando destaque no cenário internacional graças ao fortalecimento da sua economia. Contudo, ainda existem muitos problemas que estão longe de serem resolvidos, entre eles a escassez de inovação. Esse problema reflete a cultura de um país no qual raramente existe Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) dentro das empresas.
Uma pesquisa da Forbes que classifica as 100 empresas mais inovadoras do mundo comprova essa carência quando mostra apenas uma empresa brasileira nessa lista, a Natura Cosméticos. A lista decepciona ainda mais por não ter nenhuma empresa de TI, foco deste artigo.
Mas por que raios isso acontece no Brasil?
Será que o país não tem o apoio governamental para inovar? Será que a cultura das empresas é a única responsável? Será que realizar P&D basta? Essas não são perguntas simples de serem respondidas. Neste artigo buscaremos algumas respostas e soluções.
Talvez um bom início seja pela definição de inovação. Utilizaremos a proposta do Manual de Oslo, documento responsável por padronizar conceitos referentes a P&D. O Manual define inovação como sendo:
“implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas”
Aplicando essa definição nas empresas de TI, temos que a inovação pode ocorrer principalmente nos produtos/serviços (softwares) e no processo de desenvolvimento. Nesse ponto, já encontramos uma facilidade, a “matéria prima” para o desenvolvimento de novos softwares. Não é necessário comprar equipamentos caros para inovar nessa área. Isso está longe de ser um fator que motive as empresas a inovar. Então...
O que as empresas de TI precisam para inovar?
Precisam querer. Quando digo querer, me refiro a um desejo da alta gerência que deve ser repassado e compreendido como meta para todos os demais níveis hierárquicos da empresa, ou seja, uma abordagem top-down de comprometimento. Quando a empresa não nasceu para inovar, essa abordagem acarreta em mudanças de cultura e de nada adianta investir em inovação se a cultura da empresa não mudar.
Quando passa a existir um comprometimento com o desejo de inovação, a organização pode começar a se preocupar com diversos outros fatores envolvidos, como incentivos, cultura e gestão. Neste artigo abordaremos um desses fatores, a gestão de inovação, capaz de canalizar as ideias interessantes e evoluí-las com o objetivo de gerar valor diferenciado para os clientes.
Gestão de inovação
A gestão de inovação deve existir para que as ideias consigam ser desenvolvidas a fim de que se transformem em produtos inovadores. Para isso, é necessário que exista uma meta clara em inovação por parte do gestor. Essa meta deve contar, de acordo com Trimble (guru da área), com o uso de previsões, planejamento e métricas:
“Sabemos que grande parte do que prevemos estará errado – o resultado incerto é uma das características que define a inovação. Mas devemos fazer uma previsão e ajustá-la continuamente, do mesmo modo que fazemos com hipóteses científicas: temos um pressuposto, um ponto de partida. E é com base nisto que começamos a buscar o desenvolvimento, registrando cada etapa, para sistematizar o desenvolvimento e a aquisição do conhecimento”.
A Figura 1 mostra algumas necessidades e desafios para a gestão de inovação. O conjunto adaptado dessas peças podem ajudar as organizações a alcançar esse objetivo. Em seguida conheceremos um pouco mais sobre esses aspectos.
Figura 1 - Aspectos envolvidos na Gestão de Inovação
A gestão de inovação deve contar inicialmente com um conjunto de processos e ferramentas apropriados, como exemplo de ferramentas temos os brainstorms com pessoas de perfis diferentes. Os processos e ferramentas dão margem para um artigo inteiro, logo serão analisados futuramente. Dessa forma, neste artigo abordaremos as duas outras peças chaves para a inovação, os ambientes propícios e os funcionários como motor gerador de ideias.
Ambientes propícios
De acordo com Maricilia & Silmara, as empresas devem fornecer um ambiente propício à inovação e criatividade. Para que esse ambiente realmente aconteça, o trabalhador deve estar capacitado, motivado e, acima de tudo, sentir parte dos processos da empresa. A empresa, por seu lado, deve mostrar que o trabalhador é fundamental na organização e que valoriza seu trabalho e potencial.
Talvez seja por isso que vemos hoje em dia empresas de TI que se parecem mais com um parque de diversão do que com empresas. Para motivar seus funcionários, as empresas são capazes de fornecer diversos confortos, como ambientes de trabalho personalizados, flexibilidade de horários, ausência de regras para roupas, salas de jogos, entre diversos outros.
Funcionários como motor gerador de ideias
Para inovar, uma empresa não precisa de gênios criativos, basta que aproveitem as ideias dos seus funcionários. Eles possuem conhecimentos e experiências de vida singulares, que podem ser unidos com o desenvolvimento de software para geração de produtos inovadores. A maioria dos desenvolvedores de software tem ideias inovadoras que não são implementadas por falta de tempo. Isso pode mudar a partir do momento em que a empresa investe no potencial criativo dos seus funcionários através, por exemplo, de bonificações pelas boas ideais.
Maricilia e Silmara ainda destacam que as pessoas "precisam ser ouvidas, reconhecidas pelos seus pares e se sentirem realizadas, tanto no aspecto econômico como no pessoal”.
Para entendermos na prática como algumas das peças da gestão de inovação são desenvolvidas nas grandes empresas de TI reconhecidas pela inovação, vamos conhecer algumas das estratégias do Google e do Facebook.
Processo de Inovação no Google
Quando ouvimos falar em inovação no Google, a primeira informação disponível (também a mais comentada) é o fato de os engenheiros poderem dedicar 20% do tempo a suas ideias, sendo que eles têm liberdade para escolher entre temas que os interessam ou que julgam ser valiosos para a empresa.
A verdade é que essa não é a característica inovadora mais importante da Google, e sim apenas uma das chaves. Ainda como parte da gestão está o estímulo para que todos (executivos, gerentes, empregados e usuários) tenham ideias e as compartilhem através do fórum interno da empresa. Com relação ao ambiente, a empresa também cumpre seu papel oferecendo aos seus funcionários desde salas de jogos a restaurantes exóticos. Os funcionários da empresa, apoiados pela gestão, passam a ter tudo que precisam para criar e inovar, recebendo as devidas recompensas quando suas propostas são escolhidas para serem evoluídas.
Processo de Inovação na Facebook
A estratégia mais conhecida do Facebook para inovar chama-se Hackathon. Trata-se de um desafio, um jogo no qual os funcionários podem se agrupar para transformar em curto espaço de tempo QUALQUER ideia em algo real. O evento ocorre à noite em um ambiente totalmente descontraído e estimulante, no qual se misturam ideias de engenheiros com pessoas de marketing, designers entre os demais funcionários da empresa. Os resultados gerados não viram produtos instantaneamente, mas permitem o início de discussões e feedbacks para que os protótipos evoluam. Várias das ideias que surgiram em edições do Hackathon resultaram em produtos como mensageiro de vídeo e sugestão de amigos.
Essa estratégia é um dos destaques da gestão de inovação da Facebook. Entre as principais vantagens da sua utilização estão:
Criar um meio propício para a discussão de ideias;
Minimizar a discussão das ideias vagas, permitindo a criação de protótipos que levam a discussões ricas;
Forçar as pessoas a serem criativas, sendo que o prazo apertado é um catalizador para a criatividade.
Conclusão
As empresas de TI devem ter a qualidade como algo certo e a inovação como meta para que possam gerar valor diferenciado para os clientes e para colocar o Brasil no mapa dos países inovadores. A gestão de inovação com ambiente propício e funcionários como motor gerador de ideias pode e deve ser adaptada à realidade das empresas brasileiras para apoiar a geração de softwares e processos criativos.
Neste artigo conhecemos alguns caminhos para que as empresas de TI comecem a pensar em inovação como um diferencial no mercado. Existem muitas outras questões para serem analisadas como incentivos governamentais e o papel da Universidade. Essas questões ficarão para os próximos artigos...
Na empresa em que você trabalha existe inovação? Não deixe de comentar como ela acontece por aí!
Leituras recomendadas
Jonathan Mumm descreve a importância e os ganhos de um hackathon neste ótimo artigo
O centenário da IBM foi ontem, e os seus 100 anos de trabalho árduo não devem passar desapercebidos. Por trás de cada grande avanço tecnológico, você provavelmente vai encontrar o nome da IBM flutuando em algum lugar. Aqui estão 8 ótimos exemplos de tecnologias ajudadas pela IBM.
Computadores pessoais
Sem a IBM, nós simplesmente não teríamos computadores – ou eles provavelmente seriam algo diferente. Desde os mais primitivos computadores-máquinas-de-calcular até os supercomputadores de hoje, passando pelos modestos desktops caseiros, a IBM teve o seu papel no desenvolvimento e na evolução de cada uma das maiores fases da computação.
Outras máquinas existiam antes das da IBM, e depois delas a Microsoft e a Apple levaram essas máquinas a novas alturas, mas foi com a introdução do PC IBM 5150 que o mundo começou a entender o que diabos eram essas caixas nerds. Em 1982, era a Máquina do Tempo do Ano!
Cirurgia LASIK
Três cientistas da IBM, Samuel Blum, Rangaswamy Srinivasan e James J. Wynne, não sabiam direito o que fazer com o laser ultravioleta que a sua empresa havia adquirido em 1981. Foi quando Srinivasan trouxe sobras do peru do dia de Ação de Graças para ver o que aconteceria quando ele fosse exposto ao laser. Acontece que ele vaporizou o ponto de contato sem danificar o tecido ao redor.
Foi o nascimento da cirurgia ocular LASIK, que foi aprovada pela FDA 1995 para, por exemplo, fazer míopes largarem os óculos.
RAM
Como você deve saber, a RAM é a tecnologia de memória que faz com que os nossos computadores fiquem rápidos e responsivos. Em 1967, Robert Dennard inventou uma célula de Memória de Acesso Randômico Dinâmico, composta de um transístor, conhecida como DRAM. Ela foi patenteada em 1968, e veio a se tornar a base para a maior parte das soluções de memória atuais.
Compras online
Em 1994, os engenheiros da IBM John King e John Nilsen conseguiram uma patente para um “sistema para encomenda de itens usando um catálogo eletrônico”. Em essência, foi isso que começou a era do comércio eletrônico. Sem as portas abertas pelos estudos da IBM, será que a Amazon seria tão avançada como é hoje?
Discos rígidos
Nós estamos saindo da era do armazenamento magnético, com SSDs e pen drives, mas a IBM foi responsável pelos últimos 30 anos de discos rígidos que guardavam todos os dados nos nossos computadores. A pesquisa de William Goddard nos anos 50 eventualmente se tornou a 350 Disk Storage Unit, a primeira implementação de armazenamento magnético em computadores.
Os primeiros modelos, que apareceram em 1956, ficavam em um gabinete de quase dois metros de altura e largura, e continham 50 discos magnéticos, que giravam a 1200 RPMs. A primeira geração do 350 armazenava até 5 milhões de caracteres/números. Mais de 1000 unidades foram vendidas antes da aposentadoria do 350 em 1961. O pouso lunar
OK, talvez o pouso lunar de 1969 não seja parte do nosso dia-a-dia, mas é algo que todos conhecemos e sobre o qual pensamos a respeito com frequência. Cerca de 4000 empregados da IBM ajudaram a construir os computadores e os softwares da NASA necessários para um pouso bem-sucedido da Apollo 11, que ainda figura entre os maiores e mais significativos feitos da humanidade.
Sistemas-guia para foguetes foram desenvolvidos, computadores do tamanho de geladeiras foram avançados e comprimidos para o tamanho de pastas e softwares de monitoramento em tempo real surgiram. Segundo o diretor de voo da Apollo 11, Gene Kranz, “sem a IBM e os sistemas fornecidos por eles, não teríamos pousado na lua”.
Códigos de barra e faixas magnéticas
Segundo a revista Popular Mechanics, as tecnologias da IBM são responsáveis por duas das mais utilizadas tecnologias no mundo consumidor de hoje: os códigos de barras e as faixas magnéticas encontradas em cartões de todos os tipos.
As primeiras ideias para códigos de barras apareceram no fim dos anos 40, mas a tecnologia para ler e para interpretar os símbolos ainda não estava madura. Quando o advento do laser chegou, o engenheiro da IBM George Laurer e a sua equipe desenvolveram um sistema para interpretar os códigos, que dividiria o design gráfico em dois, de modo que um laser em X pudesse ler. Depois de aparecer pela primeira vez em um produto em 1974, o código de barras é usado ainda hoje em praticamente tudo que está à venda.
Quanto à faixa magnética, Jerome Svigals desenvolveu a tecnologia no fim dos anos 60, com um pedaço de papelão com uma faixa magnética servindo como primeiro protótipo. A tecnologia eventualmente chegou ao povo na década seguinte, e hoje mais de 50 bilhões de leituras de faixas magnéticas ocorrem todo ano.
Videogames atuais
Aposto que você adora os seus videogames, não? Saiba que eles usam tecnologia de CPU da IBM. A Nintendo faz uso deles desde o GameCube, e o processador IBM do Wii U vai incorporar um pouco do DNA de supercomputador do Watson. O PS3 também deve um belo pedaço do seu poder ao processador Cell da IBM. E o Xbox 360 também usa um processador IBM triple-core, mas não fala tanto disso no seu marketing. artigo publicado originalmente no iMasters, por Gizmodo
De acordo com um levantamento realizado pela McAfee, em parceria com a
universidade norte-americana de Purdue, na Califórnia, o Brasil é um dos
países que mais usam as mídias sociais e os microblogs para incrementar
seus negócios.
Chamado de "Web 2.0: um ato complexo de
equilíbrio - O primeiro estudo global de uso, riscos e melhores práticas
da web 2.0", o estudo apontou que 90% das empresas brasileiras
pesquisadas utilizam ferramentas de comunicação, como o Twitter, com
objetivos comerciais. E assim como ocorre em Índia, Emirados Árabes e
México, de cada dez empresas brasileiras, nove revelaram que já ganham
dinheiro através da web 2.0.
A pesquisa também revelou que as
empresas utilizam a web 2.0 principalmente em busca de geração de
receita. Brasil e Índia são os únicos países onde as empresas se
consideram pressionadas pelo mercado para empregar as redes sociais em
seus negócios.
Atualmente - e cada vez mais - um dos problemas mais graves para uma
empresa é contar com capacidade online insuficiente. Isso não só limita o
aumento de produtos e serviços oferecidos, como impacta diretamente o
crescimento da empresa. Situação inversa também gera problemas, quando
há mais disponibilidade do que negócios.
O equilíbrio
inteligente entre disponibilidade e necessidade promoverá um crescimento
sustentado. E a nova geração de Data Center é uma verdadeira ‘mão na
roda’ nesse quesito. Disponibilidade, desempenho, segurança e custos são
os quatro pilares em que se baseiam os novos projetos de armazenamento
de dados, permitindo um real dimensionamento de equipamentos e serviços
necessários para que os clientes obtenham o melhor retorno de
investimento possível.
Numa visão de 360 graus, todo
empreendedor acaba voltando sua atenção para os benefícios propostos
pelo Data Center no contexto da infraestrutura de TI. Mais do que nunca,
as tecnologias tradicionais vêm sendo exploradas em todas as suas
potencialidades, levando a indústria de TI a enveredar por um campo de
novas possibilidades.
As mudanças dessa nova geração de Data
Center estão por toda parte. E a velocidade com que são processadas é
algo sem precedentes, já que devem acompanhar o acelerado mundo dos
negócios.
Além de unidades físicas (sites) de fácil acesso e
interligadas, os novos centros de armazenamento de dados contam com
unidades virtualizadas, que podem operar com diversos sistemas
(híbridas), voltadas para serviços e aptas a oferecer soluções na medida
exata da necessidade de cada empresa. Tudo é altamente automatizado,
reforçado e seguro, além de incorporar alguns conceitos de
sustentabilidade, com redução de energia e uso racional do espaço.
Para
garantir a continuidade das operações em caso de queda de força ou de
apagões, cada site costuma contar com energia de mais de uma subestação.
A segurança física dos servidores é garantida em tempo integral por
equipes altamente treinadas, além de o ambiente contar com portas de
aço, câmaras sensíveis e controle de acesso em todas as áreas. Todo
hardware, software, redes, tráfego e segurança lógica do parque
instalado é monitorado full time (24x7x365) pelo sistema NOC (centro de
operação de rede). As empresas, então, contam com uma completa camada de
serviços, com velocidade e com agilidade no atendimento ao cliente.
Em
face do volume de conhecimento e de informação que as tecnologias
tradicionais vêm produzindo, é tempo de continuar investindo na
infraestrutura de TI. Os negócios urgem. E conhecer todo o potencial que
a nova geração de Data Center dispõe é o primeiro passo antes do
investimento certo e seguro. artigo publicado originalmente no iMasters, por Adriano Filadoro
Imagine a cena! Você está em uma sala com 20 pessoas
com um celular na mão. Pode imaginar quantas delas estão mandando SMS
ou respondendo e-mails ao invés de conversando entre si? Certamente
quase todas.
O "boom" do celular ultrapassou todos os limites
tecnológicos. Criou-se então a mobilidade, o que modificou muito a forma
de como nos relacionamos com as pessoas e com o mundo.
O
aparelho móvel, seja ele um celular ou um notebook, está virando o
“controle remoto” de nossas vidas digitais. Ele é uma ponte entre o
mundo físico e o digital.
Mas hoje só isso já não basta. Vivemos
na era da conexão. Só a partir do momento em que a temos, podemos
realmente falar de mobilidade. Afinal, a mobilidade é refletida em
acesso a informações, comunicação, entretenimento, serviço e consumo.
Mobilidade
sem acesso à web, no conceito que temos hoje em dia, se anula. Se você
tem um laptop ou um celular e está em trânsito, mas não tem acesso à
web, você está limitado às ferramentas que tínhamos há 20 anos. É o
mesmo que não ter.
A tendência é que a mobilidade nos coloque em
outro patamar desde o modo como o mundo se relaciona, até como realiza
negócios. Cada vez mais, esse meio se torna interessante para as
empresas que querem estabelecer uma conversa com seus consumidores, seja
através de conteúdo, ou de serviço.
Em um futuro, não tão
distante, a mobilidade aliada à conexão pode mudar muito a forma de
consumo das pessoas. No Japão, o celular já é utilizado como cartão de
crédito, e essa tendência deve vir para o Brasil.
Para dar um
exemplo de como a mobilidade no Japão está em outro patamar, o uso de
SMS não existe por lá. Toda a comunicação é feita por e-mail. Aqui no
Brasil ainda não estamos nesse patamar. O número de celulares no Brasil
já chega a quase 190 milhões, porém, desse número, apenas 82,2%, segundo
a Anatel, utilizam sistema pré-pago normalmente com uma utilização
baixa de dados. Além disso, a porcentagem de brasileiros com smartphones
é de 25%.
Já é um fato, na classe C, a explosão de vendas de
smartphones ganhando dos PCs. 90% da população já têm celulares. Agora, o
crescimento deverá ser em qualidade e em serviços oferecidos nos
aparelhos. Segundo um estudo mundial realizado pelo Gartner, o acesso à
internet via celulares deve ultrapassar o de PCs em 2013.
A
conectividade já é fato e deve ser cada vez mais indispensável em nossas
vidas. Cabe a nós estar sempre ligado às tendências de acesso, pois
cada vez mais não conseguiremos viver sem elas.
Quando se vislumbra a carreira de desenvolvedor de aplicativos
para dispositivos móveis, ela parece ser bastante encantadora e
promissora. De fato ela é, mas há senões. Só em 2011, o mercado
internacional de apps movimentou cerca de 6,8 bilhões de dólares e, até
2015, essa quantia pode chegar a algo entre US$ 25 bilhões e 38 bilhões
ao ano, de acordo com as consultorias MarketsandMarkets e Forrester
Research. Sabe-se ainda que o salário de um desenvolvedor no Brasil pode
chegar a mais de 10 mil reais mensais.
A princípio, qualquer pessoa pode desenvolver um aplicativo. Não há
pré-requisitos de escolaridade, basta conhecer de programação e gostar
de computador e celular. A própria Apple disponibiliza um vasto material
para leitura na web, além de vídeos com aulas de Stanford no iTunesU e
exemplos de código para aqueles que querem aprender os primeiros passos
de programação. Em função disso, muitas pessoas acreditam que apenas com
uma boa ideia, é possível fazer um aplicativo estourar e com ele
faturar milhões.
Mas, na realidade, não é bem assim que acontece! Dos cerca de 700 mil
aplicativos presentes na App Store, 60% deles nunca foram baixados. O
número é ainda mais assustador quando se descobre que somente 2 mil
aplicativos para iPhone conseguem resultados relevantes. Além disso,
outra dificuldade é prolongar a vida útil do aplicativo – exemplos de
apps que surgiram, rapidamente se tornaram um sucesso de downloads e, na
mesma velocidade, caíram no esquecimento dos usuários não faltam.
E qual é a receita de sucesso para um aplicativo? Primeiramente, é
importante que ele tenha um design agradável e possibilite uma
navegabilidade tranquila, sem transtornos para o usuário. Dizemos que
tecnologia boa é aquela que passa despercebida. Além disso, e mais
importante, é que se pense o aplicativo como uma empresa, criando planos
de negócios, marketing e financeiro. O desenvolvedor deve pensar como
ele pode transformar o aplicativo em um negócio lucrativo e de vida
longa.
Nesse cenário estão inseridas as incubadoras e aceleradoras de
aplicativos móveis. São empresas que ajudam os desenvolvedores e
startups com infraestrutura, mentoring e financiamento. Ou seja, essas
empresas reúnem grupos de desenvolvedores e pequenos empresários e
oferecem a eles serviços de marketing, contabilidade e jurídico, por
exemplo, além de ajudá-los com conselhos e dicas de como tornar o
projeto mais viável financeiramente. Em troca, as aceleradoras e
incubadoras ficam com uma pequena porcentagem dessas startups.
Um outro modelo, ainda novo no Brasil, é das Venture Builders. Assim
como as incubadoras e aceleradoras, elas fornecem estrutura e os
serviços básicos para os desenvolvedores e startups, mas o diferencial é
que a Venture Builder capta projetos em todas as suas fases de
desenvolvimento, desde apenas ideias, até aplicativos já prontos que
estão necessitando apenas de financiamento ou ajuda na área de
marketing, por exemplo. O que varia, nesse caso, é a porcentagem da
empresa que fica com a Venture Builder.
O crescimento desse mercado de trabalho no país deve acompanhar o
aumento das vendas de smartphones. O Brasil chegou à marca de 27,3
milhões de unidades de celulares vendidas durante os seis primeiros
meses de 2012. Deste total, 6,8 milhões foram de smartphones, e 20,5
milhões, os chamados feature phones (aparelhos que permitem acesso à
Internet, redes sociais e sistemas de mensagens instantâneas, mas sem
sistema operacional). Comparando com o mesmo período de 2011, o mercado
de celulares em geral sofreu queda de 16% – o de feature phones, de 29%.
Porém, os smartphones tiveram alta de 77%.
Mas o crucial é que o crescimento do mercado acompanhe a
profissionalização do setor, com profissionais cada vez mais preparados e
que desenvolvam aplicativos mais ricos, com interatividade com as redes
sociais e que sejam lucrativos para seus desenvolvedores e para as
empresas que investiram nele.
Não tem jeito: a melhor forma de ganhar dinheiro com projetos de
inovação ainda é vender manuais ensinando como ganhar dinheiro com
projetos de inovação.
Muita gente tem idéias todos os dias, o tempo todo. Algumas são boas, a grossa maioria é ruim. Não poderia ser diferente. Ainda bem. Pois se já está difícil de acompanhar o ritmo das mudanças dos tempos digitais e conectados, imagine se fôssemos invadidos por boas idéias? O Japão sofreu um ataque desses em 1853 e os impactos em sua cultura duram até hoje.
Uma
boa idéia é um processo de maturação, que envolve foco, dedicação,
informação, estudo, experiência e muita, muita, muuuuuuuuita paciência.
Você conhece alguém que teve uma idéia mágica e ficou rico da noite para
o dia em uma área que desconhecia? Não? Pois é, esses caras
simplesmente não existem. Quem se vende dessa forma é mentiroso ou
iludido. E vai quebrar. É a lei de Murphy na prática. Mas você é diferente, né?
Sim, eu sei. Você é diferente. É mais esperto do que a galera. Sabe
identificar uma boa oportunidade. É um empreendedor nato. Sabe de tudo.
Tem um montão de idéias. É capaz de tocar quatro startups ao mesmo tempo
enquanto ainda trabalha de bancário, perde tem acompanha as mídias
sociais e não perde um episódio desta série, desta série, desta série ou desta série, na falta desta série, já que esta série e esta série
perderam sua pegada. Resolve os problemas do planeta no verso de um
guardanapo, depois assoa o nariz nele e o joga fora. Se morasse nos EUA
já estaria milionário etc etc etc... ACORDA, ZÉ MANÉ.
Não
é fácil. Nunca foi fácil. Nem mesmo se seu pai comprar os direitos de
mineração de muitos terrenos e os registrar em seu nome. Quando se trata
da economia de serviços, o único segredo para a sobrevivência é a velha
máxima da padaria: encostar a barriga no balcão e trabalhar feito um
burro de carga.
Em outras palavras, Papai Noel não existe. Ou se
existe, não dá a mínima para você. Nem para mim. Para os que sobem
rápido porque deram sorte, a Carmina Burana já dizia faz tempo: fortune rota volvitur, descendo minoratus. Esse balde de água fria é a primeira parte de meu presente de Natal para você.
É
disso que trata a segunda metade do meu presente de Natal: uma lista de
20 tópicos que devem ser analisados antes de se lançar no escuro,
torrar as economias da família e comprar um Fiat Uno metido a besta
por conta de seus futuros lucros. Vale a pena desenvolvê-la como um
pré-planejamento de negócios, para ter uma boa noção de seu produto ou
serviço. Acima de tudo, para saber se ela é adequado ao mercado.
Abusando de minhas metáforas abusadas, é como um procedimento-padrão de
checagem de sua corda de bungee-jumping para ver se ela pelo menos está
no lugar. No começo cabia tudo em um post, agora vou ter que parcelar em
três vezes sem juros no cartão.
Quanto
desperdício. A história está cheia de "gênios incompreendidos" e de
mentes-brilhantes-avançadas-demais-para-sua-época que não conseguiram o
devido reconhecimento em vida. Ora, faça-nos o enorme favor de não ser
mais uma delas. Inovadores não correspondidos costumam ser mais chatos e
sem-noção do que aqueles carinhas que são perfeitos para os pais da menina, mas que se esqueceram de perguntar se a moça está interessada.
Chega de enrolação, vamos à lista:
1. SINOPSE:
um pequeno resumo do projeto. Em duas frases. Nada de slogans ou frases
de efeito. Algo que explique, de forma sucinta e breve, o que faz o
produto/serviço. A explicação deve ser o mais abrangente possível e ao
mesmo tempo extremamente simples. Sabe visão/missão de empresa? Exatamente o contrário dessa bullshitagem. É a pegada que importa. Para dar um exemplo, sabe como Alien foi vendido a um produtor de cinema (aquele cara que gasta uma fortuna adiantada, bancando o filme)? Foi assim: "Tubarão.
Em uma espaçonave". Só? Só. Cabem três dessas em um tweet. Como Tubarão
foi vendido? Não faço a menor idéia. Não é relevante para este post.
E o caçador de tubarões Roy Schneider com essa gola cacharrel de Steve Jobs, hem? Dá pra fazer um doutorado em semiótica com isso.
2. ATIVIDADES: quais são as características e
vantagens do produto ou serviço? Como ele funciona e o que oferece? Qual
é o nível de expertise necessário para operá-lo e quais são os
pré-requisitos para seu uso eficiente? Pode dividir os usuários e seus
pré-requisitos em três níveis: a interação de nível iniciante,
intermediário e avançado. Usuários iniciantes costumam correr para se
tornar intermediários. Usuários avançados costumam ficar com preguiça de
se manter na frente e a barriga os empurra para o nível intermediário.
Desenhar a interação para o Intermediário Perpétuo pode ser uma boa.
3. USO: qual será o uso pretendido para o
produto/serviço? Que situações ele melhora ou simplifica? Que problemas
elimina? Que novas condições demanda? O que, afinal, ele faz? Como era o
mundo antes dele? Como e por que ele melhora o ambiente? Como transmite
informação, produz conteúdo ou auxilia na vida pessoal, social ou
profissional? É no uso que se percebe como era tosco o mundo de
antigamente. Dá até para conceber uma vida sem, sei lá, pen drives. Mas
para quê?
Daí
seu tio, AQUELE QUE TUÍTA EM CAPS LOCK, te pergunta para que serve o
Twitter e por que você passa tanto tempo nele. Isso é fácil. Quero ver
você responder em uma tuitada. Não conte comigo.
4. MAPA MENTAL: faça um diagrama procurando
relacionar todos os conceitos e ações ligados ao produto, tente definir
seu ecossistema. O mapa mental é uma ferramenta fundamental para se
conhecer melhor o produto/serviço, suas capacidades e limitações e
possibilidades de expansão. Mapas mentais são muito bacanas, ainda
escrevo mais detalhando o tema. Confesso que não sei muito a respeito e
que acho os mapas feios de dar dó. Mas parece que funciona, uma parada
assim meio tipo hipnose. Vou ler mais e conto depois, pode cobrar.
Enquanto isso leia o genial Change By Design.
É bem bom, recomendo. Se estiver sem grana para o frete, leia a versão
em Kindle, direto do computador. É um saco de interface que brilha
demais e dá dor de cabeça, mas o conteúdo vale a pena.
5. CATEGORIAS DE SERVIÇOS(com descritivo de conteúdo de cada categoria):
quais serão as principais categorias oferecidas e qual será o conteúdo
exposto em cada uma delas. Esse é básico. No entanto, é fundamental.
Acredite se quiser, quase ninguém o faz.
Definição de categorias para o SOA da IBM. Continua complicado? Pois imagine sem a divisão como seria fácil de explicar.
6. AMBIENTE: como seu produto ou serviço se enquadra
no ambiente social, de trabalho, de lazer de seus potenciais usuários?
Como ele se integra a outros produtos e serviços com quem divide o
ecossistema? O que é eliminado por ele? O que é amplificado ou reduzido
por ele? O que faz dele fundamental e indispensável?
Quem
imaginaria que haveria um negócio bem lucrativo na venda de tapetinhos
de esfriamento de notebooks? Ou em SEO? Em Links patrocinados? Pegou? É
por aí.
Por enquanto, é isso. Daqui a pouco eu volto com mais alguns tópicos para o seu check-list.
Ainda me lembro do Célio, meu ex-professor de
história, entrando na sala de aula todo animado e dizendo: “Meus alunos,
hoje iremos estudar sobre a política do pão e circo. Falaremos da Roma
antiga, do Coliseu e das lutas de gladiadores”. Realmente foi uma aula
muito interessante e desde então jamais me esqueci desse assunto.
Um pouco de história
Na Roma antiga, houve um alto crescimento urbano que gerou muitos
problemas sociais. Isso foi impacto da escravidão que acontecia na zona
rural, que fez com que vários camponeses perdessem o emprego, tendo como
alternativa a migração para a área urbana.
Com medo de que a população se revoltasse devido às péssimas
condições de vida e à falta de emprego, o imperador resolveu criar a
política panem et circenses, a política do pão e circo.
Basicamente essa política tinha como base a realização de lutas de
gladiadores pelos estádios da cidade (o mais famoso foi o Coliseu),
sendo que nesses eventos havia a distribuição de alimentos como trigo e
pão. O imperador tinha como objetivo distrair a população, pois quando
se alimentavam esqueciam os problemas sociais e não pensavam em se
rebelar.
Voltando ao desenvolvimento de software
Depois de termos relembrado a história, vocês devem estar se
perguntando aonde quero chegar com isso. Então vamos ao que interessa.
Antes de começarmos a desenvolver ou até mesmo durante a manutenção
de um software, são comuns aquelas reuniões entre a equipe para
definição de tecnologias, metodologias, padrões, técnicas e todo esse
emaranhado de coisas que irão fazer parte do desenvolvimento/manutenção
do software.
Porém, o que acontece é que, em alguns casos, isso tudo acaba se tornando pão e circo
para esconder um pouco da nossa falha no desenvolvimento de software.
Isso acontece quando não buscamos o entendimento completo do negócio
para o qual o software está sendo concebido, consequentemente perdemos o
foco daquilo que realmente agrega valor para o cliente.
Acompanho alguns grupos que falam sobre desenvolvimento de software,
mas quase todas as discussões que rolam são voltadas para o uso de uma
determinada tecnologia ou uma das outras coisas que citei anteriormente.
Dificilmente encontramos por aí discussões que tratam com mais ênfase
da fase de entendimento do negócio. Quero destacar aqui a necessidade
de focarmos mais no negócio/domínio do cliente.
Já temos muitas soluções que funcionam muito bem quando falamos da
fase de desenvolvimento do software. Agora o ponto que necessita ser
resolvido começa antes mesmo de colocarmos a mão na massa. A concepção
do domínio é um assunto que tem que ter uma importância maior nas nossas
discussões sobre desenvolvimento de software.
A verdade é que os clientes também querem o pão e o circo, só que, assim como aconteceu na Roma antiga, pão e circo demais pode ser um sinal de que as coisas não estão como deveriam.
O pão e circo faz parte do software que estamos
desenvolvendo, porém cabe a nós definir a dose certa. Não devemos
esquecer as coisas que realmente agregam valor e que serão diferenciais
para alavancar os negócios dos nossos clientes.
Crédito da imagem: http://www.jornalagaxeta.com.br/materias.php?opt=12&sub=47&mat=488
Segundo o Dieese, só na cidade de São Paulo, existem 1.231 milhão de
pessoas sem emprego. Esse dado faz com que seja um senso comum que
qualquer vaga seja rapidamente preenchida. Mas, no mercado de TI, essa
dinâmica é diferente. Existem muitas oportunidades e poucos
profissionais qualificados. Assim, as empresas sofrem na busca de
pessoas, e quem já está empregado tem maior poder de negociação. Quem
fizer a melhor proposta ganha o profissional.
Levantamento feito
pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro
apontou que, já no início do segundo semestre de 2010, o mercado buscava
cerca de 71 mil profissionais de TI. O fato mais preocupante é que a
mesma pesquisa afirmou que, em 2013, esse déficit será de 200 mil
profissionais.
Fazendo uma avaliação do setor, podemos notar por
que isso acontece. O mercado tornou-se muito segmentado. Hoje, as
empresas não só optaram por atuar em determinados nichos, como também
buscam profissionais especializados em cada um dos fabricantes, ou até
mesmo em soluções específicas. Não existe mais o profissional de TI, e
sim o funcionário formado em TI, especializado em alguma tecnologia.
Aquele
profissional que entendia tudo do assunto ficou no passado, e as
instituições de ensino superior ainda levarão algum tempo para
acompanhar o ritmo com que o mercado avança. Elas precisam redesenhar
seus modelos de trabalho e verificar as demandas de profissões na área
de TI que apareceram nos últimos anos. Além disso, as tecnologias que
surgem a cada dia colocam ainda mais desafios na formação. É possível
que nos próximos anos existam mais profissionais especializados. O
conceito cloud computing é uma dessas tecnologias que exigirão ainda
maior formação, conhecimento e experiência do profissional.
Na
prática, a responsabilidade por formar efetivamente esses profissionais
ficou para as empresas do setor. Como nesse mercado a formação teórica e
o conhecimento básico não são suficientes, as companhias precisam fazer
investimentos para capacitação profissional, arcando com custos de
especializações e de certificações. Esse é um movimento arriscado, pois é
exatamente esse profissional capacitado que o mercado busca. Após fazer
todo o investimento, a companhia pode perdê-lo, caso ele receba uma
proposta melhor. A empresa precisará, então, encontrar outro
profissional e recomeçar todo o processo de formação.
A
situação é difícil para todos os envolvidos. Muitas companhias deixam de
investir com medo de que o profissional vá embora depois de formado, e o
profissional que quer ingressar no mercado não consegue emprego porque
ainda não tem a formação específica exigida.
Esse ciclo não
afeta somente o relacionamento entre empresa e colaborador. É um risco
também para os negócios. Imagine que o seu funcionário é o responsável
por um grande projeto na TI de um importante cliente. Quando ele anuncia
que vai embora, o cliente pode sentir esse desligamento. O tempo para
contratar e capacitar um novo profissional colocará esse negócio em
risco e é possível também que o cliente não se adapte ao novo recurso
escolhido para gerenciar o projeto.
Apesar do risco, ainda acho
válido o investimento na formação por parte das empresas. Isso deve ser
aliado à busca por oportunidades dentro da casa para ele se desenvolver e
vestir a camisa da companhia. O fato de estar próximo desse
colaborador, ajudando-o e auxiliando-o no crescimento profissional, é
uma importante ferramenta para que ele compreenda que a empresa precisa
dele e ele da empresa. Sair em busca de novos profissionais, além de ser
mais caro pelo próprio processo, gera um desgaste com clientes. E,
nesse caso, o ônus seria bem maior.
Já a pessoa que olha para
sua carreira não deve esperar até que uma empresa resolva investir na
sua profissionalização. São poucas as companhias dispostas a isso e a
espera vai deixá-lo ainda por mais tempo longe do mercado. Quem deseja
tornar-se um executivo de TI de sucesso nunca deve perder a oportunidade
de aprender. Começar como estagiário ou trainee já é um importante
passo. Além de se profissionalizar em fabricantes de ponta no mercado,
uma outra opção é buscar as certificações necessárias para atingir o
nível profissional de interesse. artigo publicado originalmente no iMasters, por Pedro Rondon
É fato que o mercado contemporâneo está cada vez mais competitivo e
exigente. Hoje em dia, fazer bem já não é mais suficiente, sendo
necessário ser o melhor naquilo que se faz. Dentro desse cenário,
ferramentas de BI tornam-se vitais para as organizações que buscam
inovar e se destacar, proporcionando vantagem competitiva ao trazer a
informação certa, ao lugar certo e na hora certa. Porém, o que se
percebe atualmente é que a ferramenta, apesar de suas potencialidades
estratégicas, ainda é bastante subutilizada.
Atualmente, cerca
de 60% das empresas utilizam BI apenas para subsidiar a parte gerencial
do negócio, deixando de lado outros setores que poderiam ser
extremamente beneficiados com a tecnologia, como a linha de frente, os
fornecedores, e até mesmo os próprios clientes. Esse conceito,
denominado BI Pervasivo, pode até soar como novidade para alguns, mas já
funciona a pleno vapor em outras partes do mundo, como nos EUA, na
França e no Canadá.
Já existem inúmeros cases de empresas
globais que utilizam ferramentas de BI inseridas em seus processos
cotidianos, operacionalizando os mais diversos tipos de estratégia.
Podemos citar como exemplo a varejista HBC, do Canadá, que solucionou
com BI um problema de fraude nas devoluções de mercadorias. Os
fraudadores imprimiam tickets falsos de venda e iam às lojas da HBC para
devolver itens supostamente comprados na rede. Para combater o esquema,
as lojas passaram a utilizar um histórico de vendas de 65 semanas e,
mesmo consultando um grande volume de dados, os funcionários conseguem
saber, em menos de 20 segundos, se a solicitação é verdadeira ou não.
Para os clientes verdadeiros, satisfação garantida e, para a loja, 5% de
redução nas devoluções e 30% de redução nas devoluções fraudulentas,
que agora podem ser feitas até mesmo sem a apresentação do ticket de
venda.
Há também inúmeras seguradoras na Europa e nos Estados
Unidos que já utilizam ferramentas de BI para analisar, além dos dados
demográficos do indivíduo e histórico de sinistros, dados geoespaciais
(GPS). Com isso, elas conseguem precificar o valor do seguro de veículos
de maneira personalizada, levando-se em conta a quilometragem rodada e o
risco dos locais de uso de cada veículo.
Além dessas
aplicabilidades operacionais, outra forma bastante positiva e
estratégica de utilização dos sistemas de BI diz respeito à fidelização
dos clientes que encontram ofertas de produtos diferenciados. Isso foi
feito pela rede Harrah´s (EUA), que utiliza recursos de alta
obsolescência como ingressos de shows e disponibilidade nos restaurantes
dos seus hotéis/cassinos para fidelização de seus clientes e para
aumentar o tempo de permanência deles na rede. A empresa conseguiu
aumentar em mais de 20% a sua base de clientes VIP.
Na mesma
linha, a Continental Airlines (EUA), por meio da análise massiva de seu
banco de dados, desenvolveu operações voltadas para situações
consideradas incomuns, como furacões, fechamento de aeroportos,
cancelamento de voos, entre outras. Nessas condições, o uso de
inteligência perpassa o nível operacional e chega diretamente ao cliente
afetado, que recebe tratamento diferenciado dentro do programa de
milhagens da empresa.
Nesse caso, a eficiência operacional é
outro benefício decorrente do uso "near real-time" dos dados
centralizados, permitindo à empresa reagir rapidamente em casos
extremos. A Continental atribui um benefício financeiro de mais de US$
500 milhões à arquitetura de Active Data Warehouse, englobando aumento
de receita e redução de custos.
Como podemos perceber, BI pode
ser bem mais do que uma simples ferramenta de apoio à tomada de decisão,
pois com sua abrangência ampliada, saindo da área gerencial para chegar
diretamente ao cliente, ela possibilita um modelo de negócio dinâmico e
eficaz. Na verdade, é até mesmo difícil delimitar as funções desse tipo
de ferramenta, que além de facilitar processos e fidelizar clientes
pode possibilitar inovações estratégicas valiosas ao negócio.
Esse
cenário, de certa forma, já sinaliza para alguns a morte lenta do BI
tradicional, em que as informações disponível são "as de ontem". Caberá
às empresas agora unirem uma dose de empreendedorismo às ferramentas
disponíveis para se destacarem ou, em uma visão mais apocalíptica,
sobreviverem.
As
negociações milionárias do mercado de tecnologia estão aí para provar
que a computação em nuvem não é um modismo, mas um conceito definitivo.
Com o objetivo de se tornar relevantes -e de conquistar uma posição de
liderança no setor - grandes companhias do setor estão comprando
pequenas empresas.
A Dell, até pouco tempo conhecida apenas por vender PCs, foi a última
a fortalecer seus músculos em cloud. Esta semana, a companhia anunciou a
compra da Compellent Technologies. Quando o negócio for concluído, no
início do ano que vem, os produtos da Compellent poderão se tornar parte
do portfólio de armazenamento de dados da Dell, que hoje inclui
produtos da PowerVault, EqualLogic e da EMC.
Além desta aquisição, outras movimentaram o setor de cloud computing ao longo de 2010. O Convergência Digital preparou aqui um apanhado dessas aquisições. Confira aqui embaixo algumas delas:
Fevereiro
– A SuccessFactors – responsável pelas integrações de software da rede
Walmart – comprou a australiana Inform Business Impact por US$ 40
milhões em dinheiro e ações;
Abril
– A Salesforce.com comprou a Jigsaw Data, especializada em gerenciamento de contatos de negócios, por US$ 142 milhões;
Maio
– A IBM adquiriu a Cast Iron Systems, desenvolvedora de software para integração, por valores não revelados;
– Novamente a SuccessFactors. Agora a companhia adquiriu a CubeTree,
desenvolvedora de software para colaboração e comunicação, por US$ 50
milhões;
Setembro
– a HP anuncia a compra da 3Par, fabricante de hardware, por US$ 2,35 bilhões;
Novembro
– a Dell compra a Boomi, especializada em soluções de integração para
SaaS (Software as a Service). Os valores não foram revelados;
Dezembro
– a Salesforce.com adquiriu a Heroku e sua linha de softwares baseados
em Ruby, linguagem de programação que permite aos usuários mudar as
configurações de SaaS mais rapidamente. O negócio foi de US$ 212
milhões;
– A Dell anuncia a compra da Compellent por US$ 960 milhões.
Há muito tempo se fala da tendência do mobile commerce, e que o
mobile dominará o cenário da Internet e do ecommerce mais cedo ou mais
tarde. A realidade é que muito foi falado até então e pouco foi visto ou
feito neste sentido. Por isso, sempre que me deparo com alguma notícia
alarmando o mobile, fico com um pé atrás. Dito isso, minha curiosidade
se despertou para este mundo quando, no final do ano de 2011, vi a
notícia no jornal Estado de São Paulo
que celulares e tablets haviam sido um dos presentes mais dados no
Natal do ano anterior. Resolvi, então, investigar um pouco deste
universo e aqui vão minhas conclusões.
Primeiramente, procurei sobre a definição formal do que é mobile
commerce e encontrei o seguinte: m-commerce é qualquer atividade
conduzida através de uma rede sem fio de comunicação ou um aparelho
móvel que leva a uma transação comercial. Bem, visto isto, um aumento
por si só do volume de vendas de celulares ou mesmo tablets não levaria a
uma maior participação das vendas através de aparelhos móveis no
comércio eletronico. Precisaríamos de mais três fatores: incremento das
vendas de smartphones, pois apenas eles têm possibilidade de acessar a
Internet com um browser que garanta a qualidade do acesso, barateamento
do custo de acesso via mobile e melhora da conexão, para que realmente
mais pessoas possam se conectar e finalmente sites adaptados para a
navegação móvel em uma tela não maior do que 2 polegadas surgirão.
A primeira destas afirmações diz que a venda de smartphones deveria ser maior, o que de fato aconteceu, segundo uma pesquisa do IDC divulgada pelo portal G1 da Globo.
No ano de 2012 devem ser vendidos por volta de 16 milhões de celulares
com alta capacidade de processamento, o que representa um incremento de
73% em relação ao ano de 2011. Isto significa que as pessoas têm a
possibilidade real de acessar sites através da Internet móvel com estes
aparelhos, mas para isso elas precisam ter um acesso barato, rápido e
confiável, o que leva a segunda das afirmações.
E mais uma vez parece que o mundo realmente está conspirando a favor do mobile… Em uma matéria publicada pelo Portal de Tecnologia do UOL,
em março de 2012, o valor médio para acesso à Internet pelo celular
atualmente varia de aproximadamente R$ 0,33 a 0,50 por dia, sendo que na
maior parte dos casos os clientes só usam o que pagam. Além disso, as 4
principais operadoras oferecem velocidades de 1 Mbps, o que é mais que
suficiente para o acesso à Internet através de redes sem fio. Outro
fator positivo e que geralmente não entra nestes cálculos é a difusão do
acesso ao wi-fi gratuito, o que infelizmente não possui material de
pesquisa a respeito.
Com isso, para que m-commerce pudesse acontecer, bastaria que os
varejistas virtuais desenvolvessem aplicativos para telas pequenas e
adaptadas aos sistemas operacionais dominantes como o IOS e o Android,
ou mesmo versões de seus sites adaptados para os browsers destes
aparelhos. Para validar esta afirmativa, pesquisei nos dez maiores sites
de e-commerce – em volume de acessos -, segundo o alexa.com, e acessei de meu smartphone cada um deles. De todos, apenas a Netshoes oferecia uma boa navegação e um site realmente adaptado para o browser de meu celular.
Isto me deixou bastante desanimado. Todos os indicadores apontando
para o desenvolvimento do mobile commerce e os varejistas virtuais
aparentemente sem nenhuma iniciativa de atender as necessidades de seus
consumidores. Pensei, então, que isto poderia acontecer, pois, mesmo com
o incremento no volume de smartphones e o baratemaento e a melhora dos
acessos, as pessoas continuassem não acessando, e finalmente comprando
através dos celulares. Resolvi me voltar para a base de clientes da eNext
que, desde a sua fundação em 2008, desenvolveu mais de 50 projetos de
comércio eletrônico e possui uma amostra significativa dos varejistas
virtuais. Eu busquei, através do Google Analytics, analisar o perfil dos
acessos e de compra dos usuários através dos computadores e compará-la
com o mesmo perfil através do mobile e os resultados comprovaram minhas
indagações.
O crescimento da participação de aparelhos móveis no volume total de
acessos que no ano de 2011 foi de 1.26% passou para 5.58% de janeiro a
julho de 2012 – um crescimento de 4.4 vezes! O mais surpreendente ainda
estava por vir: os usuários que acessam os sites analisados através de
celulares ou tablets compram mais que usuários que acessam através de
PCs. E o crescimento foi ainda mais significativo, pois em 2011 eles
representavam 1.54% e em 2012 passaram a representar 7.14% das compras
totais destes varejistas, um aumento de 4.6 vezes. Se levarmos em
consideração que nenhum destes clientes analisados possui aplicativo ou
mesmo uma versão para aparelhos com telas pequenas esse resultado é
ainda mais impressionante:
Finalmente, se levarmos em consideração que o faturamento total no ano de 2012 esta projetado para R$ 24 bilhões, segundo previsão da ACSP,
podemos esperar que aproximadamente R$ 2 bilhões destas transações
deverão acontecer através do m-commerce – um numero que por si só já
mostra que as compras através de aparelhos móveis não é mais uma
tendência e sim uma realidade.