A distribuição Linux do Departamento de Defesa dos EUAO Departamento de Defesa dos EUA (conhecido pelo acrônimo em inglês DoD) tem um longo histórico de envolvimento e influência em tecnologias que usamos no dia-a-dia: para ficar apenas em um exemplo, foi dele a iniciativa de criar a ARPANET, rede que deu início ao que hoje conhecemos como Internet.
Feito para ser rodado diretamente a partir de um CD ou pen drive de boot, em Macs ou PCs, o LPS roda um desktop Linux reduzido, sem montar o disco rígido local por default (mas com possibilidade de gravar dados em pen drives), com a intenção de oferecer uma solução de uso geral, voltada especialmente a rodar aplicativos via web. Entre os recursos incluídos nas versões “genéricas” do LPS estão um navegador baseado no Firefox mas com suporte a smart cards (mais Java e Flash), um assistente de criptografia, um leitor de PDF, cliente SSH e software de acesso remoto (Citrix, MS ou VMWare) e, opcionalmente, o OpenOffice. Versões personalizadas para adequação a demandas específicas de determinados parceiros do DoD também podem ser produzidas, com suporte a recursos adicionais como VPNs ou configurações de thin client, por exemplo. Como o LPS foi projetado para rodar a partir de instalações não modificáveis (tais como CD-ROMs), os desenvolvedores recomendam que sua segurança seja complementada por reboots regulares antes de cada operação crítica, garantindo assim maior chance de que o software que está rodando na memória é apenas o que faz parte do sistema, e não algum malware incluído por uma visita aa lgum site malicioso, por exemplo. E o mais interessante: a imagem ISO da versão pública do LPS está disponível a qualquer interessado, permitindo não apenas usar o software, mas também estudar as configurações aplicadas pelo DoD, para considerar seu uso em outras soluções de segurança! A versão corrente do LPS na data do fechamento deste artigo é a 1.2.3, lançada no final de julho, e o registro das mudanças no projeto permite acompanhar sua evolução. |