Que em 2011 vamos ver, ler e ouvir muito sobre Mídias Sociais não
é novidade pra ninguém. E em 2012, 2013, 2014? O tema ainda estará na
pauta?
Você acertou: depende!
Pelas ações em Mídias Sociais que estamos presenciando no Brasil, há o
risco de o termo ser "queimado" no mercado em pouco tempo. É triste ver
o número de campanhas-clichê no estilo "me dê um RT que eu te dou um
pirulito".
Em busca dos olhos perdidos
Nas últimas décadas, empresas e agências se acostumaram a correr
atrás de eyeballs, ou seja, fazer de tudo para que o maior número de
pessoas visse (ou ouvisse, ou lesse) a sua mensagem. Foi a era do
Broadcast.
Quando pessoas condicionadas a esse raciocínio tiveram o primeiro
contato com as Mídias Sociais, seus olhos brilharam. Não porque tenham
enxergado o verdadeiro potencial das novas mídias, mas por terem visto a
ponta do iceberg que poderia lhes dar uma sobrevida na busca por
eyeballs.
A primeira paixão foi a palavra "viral". Uau! Redes Sociais, um
passando a mensagem para o outro, propagando-a até o infinito, números
estonteantes de eyeballs! É verdade que o efeito viral existe e pode
acontecer em Redes Sociais através das Mídias Sociais. Porém, não canso
de repetir que "viral só é viral depois que vira viral". Fuja, e rápido,
quando ouvir frases parecidas com " aí a gente solta um viralzinho".
Claro que vídeos muito inteligentes, criativos, divertidos ou
importantes podem gerar o "boca-a-boca" e tornarem-se virais. Só que da
mesma forma que não é a noiva que tem que dizer se ela está bonita (são
os convidados), não é você (e muito menos a agência) quem decide se algo
é viral. São as pessoas que assistem, ouvem, leem e, se acharem
interessante, passam adiante. Seu último vídeo pode ser ótimo, mas quem
decide são eles, portanto não compre nem venda ilusões.
Mas por que as empresas querem o RT ou o "Like"?

A empolgação continua quando os Retweets (RTs) e os "Likes" do
Facebook entram em ação. A ideia de usar os RTs é estimular o maior
número de pessoas a retransmitir uma mensagem. Isso gera os desejados
"eyeballs". No caso do Facebook, a descoberta é coletar "Likes". Porque,
assim, cada mensagem que a empresa colocar em sua fan page será exibida
a todos esses eyeballs!
São técnicas interessantes, porém dependem de um estímulo para a
ação. Exatamente nesse ponto que as ações estão se tornando medíocres. O
estímulo é sempre o mesmo que agências e empresas estavam acostumadas a
oferecer no passado: brindes, prêmios, ofertas, etc. É uma maneira de
ter "reimpressões mecânicas" da sua mensagem, porém sem gerar nenhum
vínculo, nenhuma CONEXÃO com o "ReTweeter" ou "Liker". Se o seu
concorrente oferecer um prêmio igual, o indivíduo retuíta os dois.
Eyeball por eyeball, sai mais barato pagar uma máquina para imprimir sua mensagem.
E o que tem de errado nisso?
Nada.
Só que é um pecado perder uma oportunidade dessas.
As Mídias Sociais permitem criar uma conexão muito mais intensa com o
cliente (ou potencial cliente), estabelecer um relacionamento, criar um
vínculo, formar influenciadores e criar uma comunidade energizada em
torno de sua marca. Explorá-las utilizando métodos da era Broadcast é um
grande desperdício. E como tudo que é explorado sem cuidado, esgota-se.
- Quantas campanhas "me dê um RT que eu te dou um pirulito" ainda vão "funcionar"?
- Que tamanho terão que ficar esses pirulitos?
- Como fica o pessoal do ROI?
Onde está, nessas campanhas, o relacionamento de longo prazo com o
cliente? O que acontece depois que todo mundo "retuitou" ou deu "Like"? Para
a agência que vendeu, ou para o gerente que a contratou, até entendo:
eles "cumpriram a meta" de entregar um projeto usando Mídias Sociais,
mas até onde isso é uma camadinha de tinta para iludir a empresa? Até
onde isso tem valor efetivo e duradouro? Esse tipo de investimento é a
coisa certa a fazer? E depois do Like?
Se não mudarmos logo, se não deixarmos claro o que o termo Social
quer dizer logo atrás de Mídias, corremos o risco de "queimar o filme"
com as pessoas que assinarão cheques comprando iniciativas em Mídias
Sociais. E teremos que imprimir cartões diferentes em 2012.
Agora, se as Novas Mídias forem utilizadas de uma forma realmente
participativa, se conseguirmos estabelecer o novo tipo de relacionamento
que os clientes estão esperando, se criarmos comunidades em torno de
interesses comuns, então o termo "Mídias Sociais" entrará
definitivamente na pauta, da mesma forma que termos como "Marketing",
"Design", "Governança" e "Inovação" fizeram.
artigo publicado originalmente no iMasters, por Luciano Palma
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A gestão de uma empresa ou negócio é fundamental para seu sucesso e, para isso, uma boa ferramenta de automação ajuda muito. Manter atualizado o cadastro de clientes, o estoque, as contas a pagar e receber pode melhorar os resultados alcançados. Até aí nenhuma novidade. O problema é que nem todos os empresários têm condições financeiras de adquirir um aplicativo de automação comercial e muito menos pagar a licença de uso do Sistema Operacional a ser instalado em cada computador. Então o que fazer?
Uma saída é utilizar aplicativos livres. Neste artigo vamos conhecer uma opção para quem procura uma ferramenta pronta ou um conjunto de funções, distribuídas através da licença livre, para serem incluídas em sistemas de automação comercial.
O aplicativo Stoq - Gestão Comercial Open Source é formado por utilitários de controle de vendas, acompanhamento de clientes (CRM - Customer relationship management), gestão de compras e estoque, apuração de impostos, impressão fiscal via ECF e impressão de cheques.
Esse aplicativo apresenta uma navegação fácil e suas funções são divididas em módulos. O Stoq possui suporte para vale compras, faz o acompanhamento das comissões pagas as administradoras de cartão de crédito, controla os pagamentos feitos por empresas de crediário e é compatível com várias impressoras fiscais, balanças e leitoras de códigos de barra. Tudo isso pode ser utilizado em um ambiente com uma ou várias lojas.
Para quem está desenvolvendo seu próprio aplicativo de automação comercial já deve ter se deparado com a dificuldade de fazer o controle da grande variedade de equipamentos encontrados nos Pontos de Venda como Impressoras Fiscais, Gavetas de Dinheiro, Impressoras de Cheque, Bombas de Combustível, Display de Mensagens entre outros. Em geral, cada fabricante deixa disponível um conjunto de funções (DLLs) para controlar esses equipamentos mas a diversidade de modelos e marcas acaba por dificultar o desenvolvimento e a manutenção dos aplicativos.
Para resolver esse problema, um grupo de programadores desenvolveu o ACBR, um conjunto de componentes livres para a linguagem Delphi, que permite o acesso direto a esses equipamentos, sem DLL's, tanto em Windows como GNU/Linux.
Agora você já pode manter o controle da sua empresa sem precisar pagar licenças caras. Lembre-se de que a implantação de uma solução de automação comercial requer conhecimento na área. Assim, não se esqueça do acompanhamento de profissionais especializados.
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Tecnologia da Informação ecologicamente correta não é uma onda passageira. A demanda por tecnologia verde, ou seja, tecnologia que reduza as emissões de carbono na atmosfera e permita o consumo de energia eficiente, já é uma realidade. Em 2009 surgiram as primeiras certificações de Gestores de TI com especialização em projetos verdes como a GIM Green IT Managemen - ao passo que grandes players adotaram o SAAS (Software como Serviço) como uma estratégia verde. Baseada na tecnologia SOA (Arquitetura Orientada a Serviços), essa modalidade de venda de software reduz os custos fixos para os clientes, na medida em que elimina as licenças de uso e introduz o pagamento de uma taxa que varia conforme a utilização. As companhias desenvolvedoras de software estão se adaptando às novas exigências do mercado, partindo de atitudes simples, como realização de vídeo conferências, a fim de reduzir o uso de meios de transportes poluentes (minimizando o deslocamento de pessoal); desenvolvimento de softwares que exijam menos capacidade do hardware, ou seja, gastem menos energia por demandarem menos tempo de operação e, ainda, sejam capazes de configurar impressoras que imprimam folhas em frente e verso, economizando papel. Outra medida verde que vem tomando corpo e crescendo é o emprego da educação à distância (EAD) para treinamento de funcionários e clientes, permitindo a atualização constante de ambos e uma melhor gestão do tempo de cada um. Para se ter ideia, as possibilidades da EAD nesse sentido vão muito além das usuais. Em uma consultoria de implantação de sistema de gestão, por exemplo, com o uso de EAD, essa atividade pode ser realizada sem a presença física do consultor, o que agiliza as implementações do software e permite a rápida intervenção da empresa desenvolvedora em qualquer eventualidade. Flexibilidade e redução de custos são palavras-chave na modalidade EAD. Em termos de qualificação de colaboradores, a EAD é uma ferramenta extremamente útil. O segmento de TI sofre com a carência de profissionais e, para suprir a demanda por mão-de-obra qualificada, as desenvolvedoras estão criando pólos de tecnologia próximos aos centros de excelência em ensino, muitas vezes distantes de suas matrizes. Nesses casos, a EAD é fundamental para viabilizar o treinamento destes funcionários, sem comprometer as operações atuais. A EAD também é uma excelente alternativa para estreitar o relacionamento com os clientes, principalmente porque existe uma tendência de migração de empresas da região Sudeste para o Norte, Nordeste ou interior por conta dos incentivos propostos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A pulverização de clientes atuais e potenciais para regiões mais distantes pode gerar custos de deslocamentos de pessoal e perda de agilidade no atendimento, o que afeta a logística de distribuição dos fornecedores de software e onera a prestação de serviços. Essa situação, entretanto, não representa ameaça para as empresas desenvolvedoras que já empregam a EAD como estratégia de atendimento. Sendo assim, para pensarmos no desenvolvimento sustentável de uma companhia, é preciso que novas formas de fazer negócio, soluções, treinamentos e relacionamento com os clientes sejam colocados em pauta. Os benefícios que a TI verde e o uso de EAD oferecem às companhias são objetivos e precisos. Por isso, é fato que, em breve, todas as empresas que não aderirem à redução de poluentes e de consumo energético terão que responder aos seus acionistas, parceiros e reguladores, assim como aos clientes e à opinião pública. Porém, com a adoção de algumas das medidas citadas, é possível a essas mesmas empresas reduzirem seus custos operacionais, e ainda valorizarem a sua própria imagem no mercado. publicado originalmente no iMasters, em 30 de junho de 2010.
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Ultimamente, o que mais se ouve falar é sobre o desaparecimento dos setores
de TI das empresas e o reforço e a consolidação no novo mercado que é a
Segurança da Informação, ou SI. Apesar de a Segurança da Informação já ser
uma realidade e estar cada vez mais ganhando mercado, os setores de TI
ainda sobrevivem, pelo menos nas médias e nas pequenas corporações, pois, se
analisarmos bem, o setor de TI de uma empresa é similar a pagar um
serviço de “jardinagem”, ou seja, quando o problema acontece, o
serviço é acionado, o técnico vem e resolve a situação.
A tendência é que, juntamente ao conceito de tecnologias verdes, tudo se
volte para ambientes virtualizados e/ou distribuídos nas nuvens
privadas, principalmente.
Em reuniões de corporações que não são da área de tecnologia, o que se
ouve muitas vezes, infelizmente, é que o setor de TI é visto como um mal
necessário, que é preciso terceirizá-lo ou, de alguma outra forma, é preciso cortar o gasto.
Com o mercado cada vez mais competitivo e globalizado, as corporações
não querem mais correr riscos e para isso podem recorrer a ferramentas
como DLP – Data Loss Prevention
ou Gestão de Eventos Corporativos, que são oferecidas por empresas que
já trabalham nessa área, em países como a China, por exemplo. Afinal, a
informação, ou a segurança dela, também faz parte de decisões
administrativas. Imaginem um colaborador enviando um arquivo para ele
mesmo no seu e-mail pessoal ou copiando para o seu pen-drive. Quem
deverá ser informado?
Claro que há prós e contras. Quanto a Cloud Computing,
as principais vantagens que vejo são o baixo custo em relação a manter
um setor de TI, além da confiabilidade e inovação, tendo em vista que a
intenção é baixar os custos e tornar acessível a todas as corporações e
assim tornar o acesso às novas ferramentas e aos recursos tecnológicos possível a
todos. Talvez a única coisa que vejo como um contra é a visão negativa
dos potenciais clientes sobre justamente a confiabilidade, ou seja,
preocupações como privacidade e de conformidade. Há casos em que
o cliente quer realmente saber se a informação está mesmo no seu país, por
exemplo.
Quanto a ter um departamento de TI dentro da corporação, um aspecto
negativo é justamente o custo, que é alto. Geralmente paga-se um salário
alto para o
gerente, e salários razoáveis a outros tipos de funções.
No entanto, há empresas que cobram por armazenamento na nuvem começando a
US$ 50,00 por usuário. Acredito que a maior vantagem seja ter uma
equipe competente, que conhece o negócio da empresa, dentro de casa.
Cabe aos gestores de TI se adequarem às novas transformações e
identificarem quais são as novas tendências, ou poderão ser
“rebaixados”, em uma maneira de falar. Essa transição será demorada, não
é algo para hoje, e mesmo assim
não acredito que o setor de TI será “assassinado”.
Para a maioria das empresas o céu ainda está nebuloso para um
entendimento de que deverá haver uma parte do orçamento da corporação
dedicado para essas novas soluções.
artigo publicado originalmente no iMasters, por Fábio Colli
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A importância da Tecnologia da Informação para as empresas é cada vez
mais reconhecida por gestores e administradores, tornando-se fator
crítico de sucesso para as operações e, muitas vezes, de sobrevivência.
Apesar disso, algumas organizações ainda utilizam softwares
desenvolvidos internamente ou ERPs limitados que não mais atendem às
necessidades da empresa. É algo natural na evolução da organização: na
medida em que seu crescimento, controles, métodos, processos e
relatórios tornam-se mais apurados, surgem novos departamentos, e os
sistemas deixam de suportar as demandas da empresa, sendo necessária a
implementação de um novo ERP, mais adequado ao momento corporativo e sua
atuação no mercado. No entanto, para adquirir um sistema de
gestão completo, que atenderá a todos os setores da empresa, não basta
apenas ter a verba disponível. O processo de escolha e de implementação
devem ser olhados de perto, pois são complexos e demorados, exigindo a
participação de várias áreas da empresa, muitas vezes colocando os
responsáveis dos setores envolvidos em situações bastante delicadas.
Para auxiliar na escolha, seguem cinco dicas que não podem ser
esquecidas ao escolher o sistema de gestão mais adequado à empresa: Do que você precisa REALMENTE?
- A alta direção deve definir os direcionamentos estratégicos da
empresa, como crescimento, internacionalização, aquisições, fusões,
abertura de capital, etc. Após isso, é necessário ter a lista de
requisitos que o sistema de gestão deverá comportar para que ele atenda a
esses direcionamentos. É essa lista que irá guiar o que deve ou não ser
ativado no ERP e deve estar classificada conforme a real importância e a
prioridade de uso de cada item. Essa atividade deve envolver os
responsáveis pelas áreas de negócio, pois eles têm detalhes importantes
que podem ser fundamentais para o projeto. Analise o longo prazo
- O sistema deve ter escalabilidade para acompanhar o crescimento da
empresa conforme os processos ficam mais complexos. Mesmo que algumas
funcionalidades não sejam utilizadas no primeiro momento, é importe que o
sistema as possua para não limitar os negócios no futuro. Algumas
mudanças no escopo inicial ocorrem, inclusive, no período de
implementação. É importante que a verba e o planejamento do projeto
possuam margem para possíveis mudanças. Encontre parceiros e não fornecedores
- A implementação de um sistema de gestão é complexa: envolve todos os
processos da organização e exige muito comprometimento tanto da empresa
que irá implementar quanto do cliente. Esse é um processo relativamente
longo e não é incomum ocorrerem problemas pontuais e mudanças no
planejamento. Para que o projeto continue nos trilhos e seja finalizado
com o mínimo de conflitos, o integrador do sistema deve ser muito mais
que um fornecedor. Ao escolher, não deixe de analisar aspectos
intangíveis, como postura consultiva, atitude de parceria, flexibilidade
e acesso aos gestores da contratada. Opte por soluções que tenham flexibilidade sem usar programação (“customização”)
- Alguns ERPs permitem que diversas alterações em seu funcionamento
sejam feitas utilizando apenas telas de configuração, sem precisar fazer
mudanças na programação do sistema. Essa possibilidade reduz
drasticamente o número de erros e de “efeitos colaterais” (alterações em
uma parte do sistema que refletem de maneira inesperada em outra) ao
alterar alguma função do sistema, pois as combinações e as
possibilidades foram previamente testadas pelo fabricante do ERP. Além
disso, gera maior facilidade e velocidade ao realizar as alterações. O
ideal é que o sistema de gestão escolhido atenda ao maior número
possível de necessidades da sua empresa com o mínimo de alterações tanto
no sistema quanto em seus processos. Atenção na maturidade da plataforma
- Não apenas as funcionalidades são importantes, mas a consistência e a
integridade da plataforma também devem ser estudadas. Sistemas
mesclados (ou seja, múltiplos softwares fazendo serviços que poderiam
ser centralizados e integrados em uma única plataforma) aumentam a
probabilidade de haver incompatibilidades e consomem mais recursos
financeiros e humanos. Outras características importantes a serem
analisadas são as inovações e as melhorias que a fabricante faz na
plataforma. Se não há investimento em inovação, em pouco tempo o ERP
deixará de apresentar novos processos e funcionalidades, atendimento a
requisitos legais e melhorias estruturais, necessários ao longo do
crescimento da empresa. E, o pior de tudo, seu concorrente passar a
utilizar ferramentas estratégicas (como Business Inteligence, por
exemplo) que seu sistema não possui e nem poderá ter devido às suas
limitações. Como se vê, a escolha de um ERP não depende apenas
de suas funcionalidades, preço e das necessidades atuais da empresa. É
muito importante compreender como as funcionalidades e preço do sistema,
além das necessidades da empresa, se comportarão no futuro para que o
ERP não limite seu crescimento e a evolução de seus processos. artigo publicado originalmente no iMasters, por Alessandre Trintim
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A evolução da tecnologia da informação (TI) fez com que
quase todas as empresas passassem a ter algum suporte para a área – seja
interno ou terceirizado – para não paralisar os processos empresariais por
conta de problemas nas máquinas ou nos sistemas de gestão. Os gestores que
investem no setor acreditam que, com o suporte, estão se livrando de uma “dor
de cabeça”, porém, há uma tendência preocupante, em que os profissionais de TI
costumam centralizar todos os processos tecnológicos, fazendo com que as
empresas, sem perceberem, acabem virando refém desses profissionais.
Hoje, 70% dos gestores que nos procuram alegam ter problemas
de transição no departamento de TI, que, de acordo com eles, além de não
apresentar um resultado satisfatório, cria um ecossistema em que os processos
tecnológicos da empresa dependem das pessoas que trabalham na área. Os sistemas
ERPs, os de mensageria e os de colaboração costumam ser os mais “customizados”
– logo, são os mais centralizados.
Com estudos de mercado, observei que os gestores do negócio
não têm uma visão amadurecida do que realmente é a Tecnologia. Seus campos de
visão focam apenas nas ferramentas que utilizam e seus benefícios, não
conhecendo a infraestrutura que está por trás. Encontramos esses cenários
principalmente em PMEs, já que as grandes corporações estão alertas para esse
movimento.
A insegurança é geralmente a maior razão para esse
comportamento centralizador dos profissionais de TI, que acreditam que os
mercados de datacenter e de virtualização irão tomar seus empregos. Vale
lembrar que bons profissionais sempre terão seu espaço no mercado que, como
todos sabem, está carente de pessoas capacitadas. E há empresas dispostas a
pagar bons salários para quem puder assumir a demanda.
O fato é que, com tudo isso, os gestores se tornam reféns de
uma área que não deveria gerar problemas. Como principais prejuízos eles
admitem ter perda de tempo e produtividade, além da dificuldade em manter a
fluidez do serviço em momentos de mudanças. Para que isso não aconteça, a TI
deve ser encarada como um departamento estratégico – e todo departamento
estratégico deve ser acompanhado de perto.
Entendo que os gestores não têm tempo para se ocuparem com
assuntos da TI, e também não espero que compreendam infraestrutura ou sistemas.
Mas sempre recomendamos que eles participem da contratação desses serviços de
forma mais ativa e incluam o departamento de TI nos processos de auditoria,
cobrando as documentações e os procedimentos da área. Assim, caso ocorram
discrepâncias, elas serão facilmente identificadas e rapidamente solucionadas.
Para as empresas que estão começando ou têm a oportunidade
de reestruturar a área, aconselho optarem por tecnologias que não dependem de
infraestrutura física – um exemplo são os serviços em nuvem, que não exigem
servidores internos e dispensam manutenção. Além disso, devem produzir
documentos com os processos de TI detalhados para que os mesmos sejam usados
por qualquer profissional que venha a assumir a área em momentos de transição e
update. Deve-se, também, definir o planejamento estratégico do departamento,
que deve ser alinhado com o planejamento estratégico da empresa.
Já para quem quer resolver esse problema na empresa, seguem
algumas dicas: deve-se analisar e diagnosticar se o departamento de TI é
centralizado, seja ela por funcionário ou por uma terceirizada. Se a resposta
for positiva, a recomendação é contratar uma consultoria especializada para
auxiliar a empresa e o departamento de TI a estruturarem processos que não
gerem dependência.
artigo publicado originalmente no iMasters, por George Matias
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