17 de maio de 2000. Há exatamente dez anos era formalmente anunciado o Linux S/390, o Linux nos mainframes. Na época, imaginar um sistema operacional “estranho no ninho” no mainframe era quase uma heresia e até a data do anúncio formal, o Linux S/390 era um projeto quase secreto, pouco divulgado dentro da própria IBM. Mas sua história é interessante e vale a pena recordar alguns marcos. O projeto começou de forma voluntária em 1998, no laboratório da IBM em Boeblingen, na Alemanha. Não estava no budget e nem era oficialmente autorizado. Mas, no final do ano, a IBM passou a olhar o movimento Open Source e o Linux com outros olhos, quando Sam Palmisano, hoje CEO e na época senior VP, disse em uma entrevista em outubro: “The Internet has taught us all the importance of moving early, the advantage of being a first-mover. We want to be riding that Linux momentum at the front, no trailing it.”. Em dezembro a IBM publica uma coleção de patches e adições ao então kernel 2.2.13 para o mainframe, abrindo o sistema para avaliação do mercado, criando um alvoroço no mercado e na comunidade Linux. Chega o ano 2000 e as coisas avançam bem rápido. Em janeiro o Linux S/390 é disponibilizado para demonstrações públicas a partir do mainframe do Marist College, nos EUA e em pouco tempo registram-se 4.000 downloads. No mês seguinte, no LinuxWorld Expo, No ano seguinte a IBM faz o famoso anúncio, no LinuxWorld de New York, de investir um bilhão de dólares no desenvolvimento do Linux. Este anúncio foi um marco para o movimento do Open Source e do Linux, pois sinalizou claramente para as empresas que Linux era coisa séria. Neste evento, o mainframe z900 rodando Linux ganhou o prêmio de “Best Hardware”. Torna-se também disponível a primeira distribuição oficial do Linux para mainframe, o SUSE Enterprise Linux Server Em 2002 e 2003 mais novidades. Empresas de software como SAP e Oracle anunciaram suporte de seus softwares para rodarem no Linux em mainframes e no fim de 2003 contabilizava-se mais de 250 produtos de software, inclusive o Lotus Notes. A Red Hat também anuncia sua primeira distribuição para mainframes, com o Red Hat Enterprise Linux 3. O uso do Linux em mainframe crescia rapido e em Além disso provou-se que é perfeitamente possivel rodar-se grandes sistemas Bem, já que falamos Cloud Computing, os mainframes incorporam naturalmente muitos dos atributos que são necessários a uma nuvem, como capacidade escalonável, elasticidade (você pode criar e desligar máquinas virtuais sem necessidade de adquirir hadware), resiliência e segurança. E sem falar em virtualização, que faz parte dos mainframes desde 1967! Acessando http://www.ibm.com/systems/z/news/announcement/20090915_annc.html podemos visualizar alguns cases de uso de Cloud Computing em mainframe. Os dados atuais mostram que portar o Linux para o mainframe foi uma decisão acertada. Hoje mais de 3150 aplicações estão homologadas para rodarem em Linux nos mainframes. Além das distribuições oficiais Red Hat e SUSE, vemos outras distribuições gratuitas (e não oficiais) como Slackware e Debian também rodando em mainframes. De 2004 para 2009 o ritmo de crescimento dos MIPS dedicados ao Linux foi de 43% ao ano. Cerca de 16% da base instalada de MIPS em mainframes estão rodando Linux. 70% dos “Top Clients” de mainframes rodam instâncias Linux em suas máquinas. Os clientes que rodam Linux em seus mainframes ultrapassam a marca dos 1300. Mas, diante de tantos numeros é curioso que ainda vemos percepções errôneas com relação ao mainframe. Uma recente conversa sobre Linux nos mainframes, com um colega meu, CIO de uma grande corporação foi emblemática desta percepção de muitos executivos quanto aos mainframes. Ele, como muitos outros profissionais é da geração formada durante o movimento de downsizing, que consagrou o modelo cliente-servidor e que considerava “politicamente correto” desligar o mainframe. Nesta época, início dos anos 90, todo e qualquer projeto de consultoria recomendava a mesma coisa: “troquem os caríssimos mainframes pelos baratos servidores distribuídos”. Claro que muitas destas decisões de troca foram acertadas, mas muitas outras se revelaram totalmente inadequadas. O custo de propriedade de ambientes distribuidos se mostrou muito mais caro que se imaginava. Há tempos fiz um pequeno exercício onde analisei informalmente uma empresa que houvesse desligado o mainframe no início dos anos 90 e quanto gastou em TI com seu ambiente distribuído, considerando todos os fatores que envolvem o TCO. Comparei com a alternativa de manter os sistemas no mainframe (evoluindo com novos modelos e tecnologias) e claro, com um consequente uso bem mais restrito de servidores distribuídos. O ambiente 100% distribuído consumiu em 15 anos mais dinheiro que a alternativa de se manter um ambiente mixto. É verdade que o custo de hardware há 15 anos atrás era destacadamente o maior do orçamento de TI. Hoje não é mais. Mas a percepção quanto ao mainframe continua. Fiquei surpreso em ver o quanto de desconhecimento da evolução dos mainframes ele tinha. E, tenho certeza, não é só ele...Para muitos o mainframe é apenas um velho repositório de aplicações Cobol e PL1, tripulado por profissionais à beira da aposentadoria...Bem, ele se mostrou interessado quando falei que parcela substancial do crescimento de receita da IBM com mainframes vem de novos workloads, principalmente Linux. Mostrei que no contexto atual, o movimento de consolidação e virtualização dos data centers estão abrindo novas portas para o mainframe. O TCO para se gerenciar um parque de centenas ou milhares de servidores é altíssimo, acrescido agora da variável energia, que vem aumentando ainda mais os budgets das áreas de TI. O mainframe pode ser usado para consolidar centenas de servidores Linux x86 distribuídos pelos diversos cantos da empresa em uma única máquina. Um recurso que ajuda muito é a tecnologia IFL (Integrated Facility for Linux), que surgiu em setembro de 2000. Os IFL são processadores do mainframe especialmente dedicados a rodar Linux, com ou sem z/VM. São processadores iguais aos demais, mas por microcódigo eles só aceitam rodar workloads Linux. Estima-se que hoje existam mais de 4.600 processadores IFL ativos. O Linux no mainframe consegue explorar todas as características únicas do hardware como sua reconhecida confiabilidade, disponibilizada por features como processadores redundantes, elevados niveis de deteção e correção de erros e conectividade inter-server de altissima velocidade. O nível de disponibilidade do ambiente operacional do mainframe é muito maior que dos sistemas distribuidos. E abrir uma máquina virtual Linux em um mainframe leva alguns minutos, enquanto que comprar, instalar e configurar um servidor distribuido pode levar semanas. Bem, questionado quanto a citar alguns aspectos positivos da consolidação lembrei a ele: menos pontos de falha, eliminação da latencia de rede, menos componentes de hardware e software para gerenciar, uso mais eficiente dos recursos computacionais, melhor gestão de cargas mixtas batch e transacionais, maior facilidade de diagnósticos e determinação/correção de erros, recovery/rollback muito mais eficiente... O resultado? Um melhor TCO! Interessante que uma vez criada uma percepção, torna-se dificil mudar as idéias. Olhar o mainframe sob outra ótica é uma mudança de paradigmas e mudar paradigmas não é facil. Paradigma é como as pessoas vêem o mundo, ele explica o próprio mundo e o torna mais compreensível e previsível. Mudar isso exige, antes de mais nada, quebrar percepções arraigadas. Um estudo de TCO pode mostrar que talvez as idéias e hábitos que tem mantido a TI da companhia nos últimos anos não sejam tão mais válidos assim...Resumo da história: em 2020 iremos comemorar os 20 anos do Linux nos mainframes!

Software, Open Source, SOA, Innovation, Open Standards, Trends

Dez anos de Linux mainframe |
Um pouco de z10
O último número do IBM Journal of Research and Development é dedicado ao mainframe z10. Vejam a edição completa em http://www.research.ibm.com/journal/rd53-1.html . E sempre é bom lembrar que 2009 é o aniversário de 45 anos do lançamento do primeiro mainframe, o /360.
Li alguns artigos e um me chamou a atenção. Aborda o desenho da microarquitetura do processador do z10. Este processador, de quatro núcleos, é fabricado com a tecnologia CMOS da IBM, de 65 nanômetros e possui 993 milhões de transistores. É um processador de 64 bits, de 4,4 GHz (comparem com os 1,7 GHZ do z9) que apresenta um desempenho bem superior ao modelo anterior (z9), não apenas pelas melhorias na densidade dos circuitos e na velocidade do clock, mas muito devido às mudanças em sua microarquiteura. Vale a pena ler o paper. Mas, aproveitando a deixa, falamos que o z10 é um processador de 64 bits. Chegar até estes 64 bits foi uma longa estrada. Os primeiros mainframes, os 360, tinham registradores de 32 bits, mas apenas 24 bits eram usados como endereçamento, limitando a memória a 16MB. Aliás, esta capacidade de memória era algo inimaginável para a época, meados da década de 60, do século passado. Lembro que quando comecei a programar, em Assembler 360, no início dos anos 70, trabalhava no então CSD (Centro de Serviços de Dados) da IBM, no centro do Rio, que possuia então 3 mainframes 360/40. Dois deles com 64K e um, o famoso “quarentão”, com 256K. Um espanto. Imaginem então 16 MB! Na prática os 360 maiores tinham 1 MB e alguns raros “monstros” chegavam a 6 MB! Depois vieram os 370, que implementavam memória virtual. Este recurso permitia que um programa fosse maior que a memória real. Por exemplo, o programa poderia ter 4 MB, embora a máquina real tivesse apenas 1 MB. Mas, o endereçamento restrito a 24 bits já era, claramente, uma limitação para o início dos anos 80. Apareceu então o 370/XA, com endereçamento de 31 bits. Pouco depois ficava patente que mesmo estes 31 bits eram insuficientes e surgiu a arquitetura 370/ESA, que permitia segmentação de modo a um programa acessar mais de uma região de memória de 31 bits. E finalmente em 2001, apareceu a série z, com 64 bits. Ou seja, foram 37 anos de evolução para chegar aos 64 bits. Aliás, por curiosidade, na mesma semana recebia a edição de janeiro da Communications of the ACM e estava lá um artigo “The Long Road to 64 bits”. Este artigo mostra a evolução das arquiteturas dos computadores até chegar aos 64 bits. E especula se algum dia teremos um computador de 128 bits de endereçamento... Mas, continuando a conversa sobre mainframes, é indiscutivel que mesmo com a crise econômica, o mainframe continua vendendo bem. Só para termos idéia, nos últimos cinco anos a capacidade instalada de mainframes, medida em MIPS (milhões de intruções por segundo) simplesmente dobrou. E, segundo alguns dados do Gartner Group a base instalada de mainframes em todo o mundo já ultrapassa 14 milhões de MIPS. Ora e ainda tem gente que fala que o mainframe está com os dias contados. O Gartner fornece alguns dados adicionais bem interessantes: o número de IFLs (processadores dedicados a Linux) já ultrapassou os 7.000, em mais de 1.300 clientes. O Gartner estima que MIPS de IFL representam já cerca de 15% da base total de MIPS. Portanto, mainframe não é apenas reduto de coboleiros... Um ponto importante: a IBM vem investindo muito nos programas de educação para mainframes, no mundo todo. Hoje pelo menos 500 universidades, inclusive várias no Brasil, tem programas de educação em mainframe. O resumo da história: existem boas oportunidades profissionais para quem conhece mainframes. E faço um convite a todos interessados em conhecer um pouco mais da potencialidade dos mainframes. Dia 17 de março, em São Paulo, a IBM vai organizar um evento para prestigiar os participantes do concurso mainframe. Serão várias palestras muito interessantes, premiação dos campeões e também provas de seleção de estagiários. Em suma, vale a pena dar uma olhada no evento. Começa as 13 horas, no auditório da IBM, na rua Tutóia. Para fazer a inscrição é simples: envie email para concurz@br.ibm.com com o assunto EVENTO, colocando nome completo e instituição de ensino no corpo da mensagem. Simples. E uma curiosidade: uma série de mainframes da linha z, lançados em 2003, foram chamados de T-Rex, uma brincadeira com o apelido de dinossauro com que muitos chamavam e ainda chamam os mainframes. E isto me lembra um fato interessante. Desde criança ficava fascinado com dinossauros (e um colega, maldosamente, me disse que foi por isso que comecei a trabalhar com os 360...) e li diversos livros sobre o assunto. Lembro de quando o filme “Jurassic Park” foi lançado. Vi várias vezes no cinema e outras incontáveis vezes no video e TV por assinatura. E ele comete um certo exagero ao ser chamado de Parque Jurássico. Recordando, os dinossauros habitaram a Terra no correr de três longos períodos: o triássico, de 250 a 210 milhões de anos atrás, o jurássico, de 210 a 140 milhões de anos atrás, e o cretáceo, entre 140 e 65 milhões de anos atrás. Ora, os principais dinossauros do file, o T-Rex e os velociraptores são do período cretáceo e não do jurássico. O filme, deveria ser chamado de Parque Cretáceo. Enfim, são liberdades artísticas...[Read More] |
Pòs-graduação em tecnologia de mainframe
No dia 19 de maio vai começar o primeiro curso de pós-graduação em tecnologia de mainframes pela UniverCidade, no Rio de Janeiro. Vejam detalhes em http://www.univercidade.edu/uc/cursos/pos/esccienext/suportemain.asp.
E por que esta pós-graduação? Pouca gente sabe que existem 10.000 mainframes em operação no mundo inteiro, com uma capacidade instalada de mais de 11 milhões de MIPS. Para se ter uma comparação em 2000 haviam 3,5 milhões de MIPS instalados e cerca de 9 milhões em fins de 2005. Ou seja, em menos de dois anos, mais de 2 milhões de MIPS foram instalados! Olhando-se por outro prisma, multiplicou-se por mais de três a base instalada de MIPS em apenas 7 anos...Este crescimento mostra que o mainframe continua firme. São duas as razões para este crescimento. Uma é a compatibilidade dos novos sistemas com o software legado. Existem cerca de 200 bilhões de linhas de código Cobol em uso hoje e cerca de cinco bilhões são adicionadas à esta base a cada ano! Uma estimativa econômica de quanto custaria substituir esta imensa base de sistemas legados chegou a cifra astronômica de vinte trilhões de dólares. A IBM está investindo intensamente na modernização desta tecnologia. Leiam algumas noticias sobre o assunto em http://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/21758.wss e http://www.crn.com/it-channel/193104700. Ok, querem saber um pouco mais sobre o assunto? Vejam http://www-03.ibm.com/systems/z/ . E para conhecer mais de Cobol, acessem http://www.cobolportal.com/index.asp?bhcp=1. O programa de educação em mainframes pode ser visto em http://www-304.ibm.com/jct09002c/university/scholars/products/zseries/universities.html , onde vocês podem acessar uma lista de escolas e univercidades já engajadas mundialmente com esta tecnologia. [Read More] |
Java em Mainframe
Escrevo uma coluna na excelente revista Mundo Java (www.mundojava.com.br) e contantemente recebo diversos emails muito interessantes. Um deles me indaga sobre o uso de Java em mainframes. Sim, Java em mainframes!
A IBM, depois do sucesso do processador especializado IFL (Integrated for Linux) acoplado ao processadores dos mainframes (System z) lançou um outro processador, desta vez voltado a consolidar workloads Java nestas máquinas. Este processador chama-se zAAP (System z Application Assist Processor). Este processador (podem ter vários no mesmo computador) opera de forma assíncrona com os processdores comuns de uso geral, e executam código dos programas Java. Com isso, reduz-se a carga nestes processadores de uso geral, liberando ciclos de CPU para outros aplicativos. E, chamo a atenção, os processos Java rodam no zAAP sem precisar de nenhuma modificação. O zAAP necessita do ambiente z/OS, sistema operacional nativo do System z. O que se consegue com isso? Uma maior consolidação do parque computacional. Você pode ter no mainframe não apenas os sistemas legados (escritos em Cobol, por exemplo), mas também os novos sistemas escritos em Java. E adicionando processadores IFL, você consolidaria também seus inúmeros sistemas Linux. E em breve, com o suporte ao OpenSolaris, aplicações que rodavam em máquinas Sun/Solaris poderão também ter sua carga deslocada para o mainframe. Ah, acessem http://www.ibm.com/systems/z/advantages/zaap/ e http://www.ibm.com/systems/z/advantages/zaap/gettingstarted/index.html para maiores informações. Vocês verão também que agora o zAAP permite a execução de serviços “XML parsing”, o que adiciona mais um atrativo para o System z. [Read More] |
Mais debates ODF vs OpenXML
Depois de um mês de férias vou ter que passar os próximos dias desbastando a imensa fila de mensagens que eu encontrei na minha caixa postal. Mas, faz parte do jogo!Entre as centenas de mensagens que já abri identifiquei várias com questionamentos e comentários sobre o OpenXML. A maioria delas alertava para certas desinformações (ou FUDs?) que estão circulando pela Internet.
Juntei algumas neste post e aqui estão meus comentários pessoais. Primeiro vejo que ainda tem gente que continua confundindo open source com open standards. Outro dia um blog dizia que a “IBM defende o ODF e não abre o código fonte de seus softwares do mainframe”. Ora ODF é um open standard e a questão de abrir código relaciona-se com open source. São coisas bem diferentes! Open source é um modelo de desenvolvimento colaborativo de software, em que o código fonte é disponibilizado publicamente, permitindo que qualquer um o copie, modifique ou o redistribua, sem pagamento de taxas ou royalties.Exemplos típicos são o Linux, o Apache e o Eclipse. Open standards definem os interfaces ou formatos que componentes de hardware ou software devem aderir para garantir interoperabilidade com outros componentes ou sistemas. Open standards devem ser livremente documentados e disponibilizados sem restrições que limitem sua implementação. Como exemplos temos HTTP, HTML,TCP/IP, XML e SQL, que são padrões desenvolvidos por organizações independentes de fornecedores, como W3C, OASIS, OMA, ISO e IETF. Complementando minha resposta: o mainframe adota padrões abertos. Basta ver o suporte a LDAP, TCP/IP, e dezenas de outros. Alem disso, o z/OS é o único sistema operacional não Unix-like que suporta os system calls do Unix (System Unix Specification) baseados nas especificações do Austin Group (http://www.opengroup.org/Austin/). Para lembrar: “The Austin Common Standards Revision Group (CSRG) is a joint technical working group established to develop and maintain the core open systems interfaces that are the POSIX® 1003.1(and former 1003.2) standards, ISO/IEC 9945 parts 1 to 4, and the core of the Single UNIX Specification, Version 3.”. O mainframe (zSeries) também roda Linux e em breve OpenSolaris. Vejam neste blog as tag mainframe para outros posts que abordam estes assuntos com maior profundidade. A IBM está comprometida com padrões abertos. É participante ativa de todas as organizações responsáveis por padrões abertos.E quanto ao apoio e comprometimento com Open Source, creio que está claro para todos o que a IBM tem feito. Sugiro um visita a outros posts aqui no blog (tag OpenSource) onde em vários deles mostro a estratégia e as iniciativas da IBM em Open Source. Também recebi um email que referenciava uma entrevista onde se tenta colocar a questão OpenXML vs. ODF como uma guerra santa da IBM contra a Microsoft. Pura bobagem. O ODF não é um padrão da IBM, mas um padrão definido e mantido por uma organização independente chamada OASIS. A IBM, na sua estratégia de negócios definiu adesão a Open Standards como fundamental e, portanto, nada mais natural que apóie enfaticamente o uso do ODF. Vejam este comentário “Cruel truth surfaces in OOXML war”, em http://news.zdnet.co.uk/leader/0,1000002982,39292519,00.htm . E finalmente alguns emails indicavam artigos e entrevistas onde tem sido bastante repetido que oODF e o OpenXML são padrões com propósitos diferentes, uma vez que o OpenXMLtem como diferença fundamental garantir compatibilidade com documentos Office existentes. Ora, no meu entendimento o ODF também tem compatibilidade com estes documentos. Todo documento Office suportado pelo OpenOffice e Symphony, por exemplo, podem ser gravados em ODF. O que isto significa? Que formatos legados como .Doc, PPT e XLS podem ser representados em ODF! Então porque um segundo formato para esta compatibilidade? Vejam este paper, “Preserving legacy files with MSOOXML” (http://www.odf-eag.eu/repository/white-papers/preserving-legacy-files-with-ecma-open-office-xml-msooxml) onde é feita uma análise bem criteriosa da alegação de compatibilidade do OpenXML e chega-se a uma conclusão bem interessante. Leiam e tirem suas conclusões. Ok, pessoal, acho que por hoje já debatemos bastante. Mas tenho certeza que mais ações de FUD virão. Vamos aguardar para ver... [Read More] |
System z Summit Symposium
Nesta última quarta feira estive em mais um evento IBM Comunidades, desta vez no Rio de Janeiro. Curioso, mas embora more no Rio quase não faço palestras aqui... Que pena!Na apresentação mostrei que o mainframe (nosso System z), apesar das más linguas, continua forte e saudável.
Para exemplificar com alguns números, usei dados do evento “System z Summit Symposium” que a IBM realizou em junho deste ano, em New York. O evento reuniu analistas de indústria para debater o presente e o futuro do System z e mostrou muitos números interessantes. Por exemplo, pouca gente sabe que existem 10.000 mainframes em operação no mundo inteiro, com uma capacidade instalada de mais de 11 milhões de MIPS. Para se ter uma comparação em 2000 haviam 3,5 milhões de MIPS instalados e cerca de 9 milhões em fins de 2005. Ou seja, em menos de dois anos, mais de 2 milhões de MIPS foram instalados! Olhando-se por outro prisma, multiplicou-se por mais de três a base instalada de MIPS em apenas 7 anos...Este crescimento mostra que o mainframe continua firme. São duas as razões para este crescimento. Uma é a compatibilidade dos novos sistemas com o software legado. Existem cerca de 200 bilhões de linhas de código Cobol em uso hoje e cerca de cinco bilhões são adicionadas à esta base a cada ano! Uma estimativa econômica de quanto custaria substituir esta imensa base de sistemas legados chegou a cifra astronômica de vinte trilhões de dólares. Aliás, o conceito de “backward compatibility” surgiu no mundo da computação com o mainframe, com o então System 360. Esta máquina implementou pela primeira vez o conceito de arquitetura computacional, criando uma camada de abstração ( “instruction set architecture ou ISA) entre os programas e a máquina. Com este conceito podia-se programar para uma máquina e rodar em qualquer outro modelo da mesma arquitetura, com nenhuma ou pouca modificação. Abriu caminho para a futura linha de processadores Intel x86 e outros processadores que vieram depois... Portanto, o suporte ao legado está no DNA do mainframe! A segunda razão é a constante evolução tecnológica. A IBM vem investindo intensamente na evolução dos mainframes, com mais de um bilhão de dólares por ano em pesquisa e desenvolvimento. Segundo Bob Hoey, VP de vendas mundiais do System z, como 65% da receita de mainframes vem de software, não é surpresa que parcela similar seja investido na evolução deste stack da arquitetura. Um dos fatores de crescimento da base instalada são os chamados “specialty engines”, processadores dedicados a determinadas tarefas, como o “Integrated Facility for Linux” (IFL), o “System z Application Assist Processor” (zAAP) para aplicações Java, e o “System z Integrated Information Processor” (zIIP) para acelerar funções do DB2. De acordo com Jim Stallings, gerente geral da linha System z, a base de “specialty engines” cresce mais rapidamente que a base total de processadores e no início de 2007, já haviam sido instalados cerca de 1.7 milhões de MIPS em “specialty engines”, dos quais cerca de 1.2 milhões de MIPS foram para o IFL, rodando Linux. Segundo Stallings, cerca de 25% dos MIPS vendidos hoje o são para Linux. Bem, se quiserem mais informações sobre o System z recomendo acessar o portal “Destination z”, em http://www-03.ibm.com/systems/z/destinationz/index.html. [Read More] |
Cloud Computing e mainframes: tudo a ver!Um dia destes estive envolvido em um animado debate sobre Cloud Computing e mainframes. Um profissional de uma outra empresa alegou que com a computação em nuvem os mainframes não teriam mais espaço. Minha opinião é totalmente contrária. E aqui estão meus argumentos...Na verdade quando se fala em nuvens computacionais, uma primeira percepção que vem à mente de muitos são os imensos data centers tipo Google, onde centenas de milhares de servidores de baixo custo, baseados em Intel, constituem a sua plataforma de hardware. A gestão automática de recursos já está incorporada há muito nos softwares do mainframe. Aliás, o System z Integrated Systems Management Firmware gerencia de forma integrada recursos, workloads, disponibilidade, imagens virtuais e consumo de energia entre diversos mainframes. Um exemplo prático: a nuvem criada pelo Marist College nos EUA, que em um mainframe de quatro processadores opera mais de 600 máquinas virtuais. |
Repensando o mainframe!
Uma recente conversa com um colega meu, CIO de uma grande corporação foi emblemática da percepção de muitos executivos quanto aos mainframes. Ele, como muitos outros profissionais é da geração formada durante o movimento de downsizing, que consagrou o modelo cliente-servidor e que considerava “politicamente correto” desligar o mainframe. Nesta época, início dos anos 90, todo e qualquer projeto de consultoria recomendava a mesma coisa: troquem os caríssimos mainframes pelos baratos servidores distribuídos. Claro que muitas decisões de troca foram acertadas, mas muitas outras se revelaram inadequadas. O custo de propriedade de ambientes distribuidos se mostrou muito mais caro que se imaginava.
Há tempos fiz um pequeno exercício onde analisei informalmente uma empresa que houvesse desligado o mainframe no início dos anos 90 e quanto gastou em TI com seu ambinete distribuído, considerando todos os fatores que envolvem o TCO. Comparei com a alternativa de manter do mainframe (evoluindo com novos modelos) e claro, com um consequente uso bem mais restrito de servidores distribuídos. O ambiente 100% distribuído consumiu em 15 anos mais dinheiro que a alternativa de se manter um ambiente mixto. É verdade que o custo de hardware há 15 anos atrás era destacadamente o maior do orçamento de TI. Hoje não é mais. Mas a percepção quanto ao mainframe continua. Fiquei surpreso em ver o quanto de desconhecimento da evolução dos mainframes ele tinha. E, tenho certeza, não é só ele...Para muitos o mainframe é apenas um velho repositório de aplicações Cobol e PL1, tripulado por profissionais à beira da aposentadoria...Bem, ele se mostrou interessado quando falei que parcela substncial do crescimento de receita da IBM com mainframes vem de novos workloads, baseados nos chamados “specialty engines”, processadores especializados para determinadas tarefas. Mostrei que no contexto atual, o movimento de consolidação e virtualização dos data centers estão abrindo novas portas para o mainframe. O TCO para se gerenciar um parque de centenas ou milhares de servidores é altíssimo, acrescido agora da variável energia, que vem aumentando ainda mais os budgets das áreas de TI. E os “specialty engines”, o IFL (Integrated Facility for Linux), o zAAP (System z Application Assist Processor) e o zIIP (System z Integrated Information Processor) tem aberto vários caminhos para tornar o mainframe a opção prefencial para o processamento de novos aplicativos! Estes processadores tiram a carga dos processadores principais, otimizando a capacidade computacional da máquina. O IFL, por exemplo, surgiu em 2001 e é usado para consolidar centenas de servidores Linux distribuídos pelos cantos da empresa em uma única máquina. O Linux no mainframe consegue explorar todas as características únicas do hardware como sua reconhecida confiabilidade, construída por features como processadores redundantes, elevados niveis de deteção e correção de erros e conectividade inter-server de altissima velocidade. O nível de disponibilidade do ambiente operacional do mainframe é muito maior que dos sistemas distribuidos. E abrir uma máquina virtual Linux em um mainframe leva alguns minutos, enquanto que comprar, instalar e configurar um servidor distribuido pode levar semanas.O zAAP apareceu em 2004 e é orientado a rodar aplicações Java. Com este engine, as aplicações Java, que consomem muita CPU, são executadas fora dos processadores principais, os liberando para outras atividades. E o que é melhor, a aplicação não precisa ser alterada para rodar no zAAP. Um resultado positivo é a redução do número de stacks de programação TCP/IP, firewalls e interconexões físicas (e suas latências...) que são requeridas quando os servidores de aplicação e de data bases estão em máquinas separadas. E o zIIP, que foi lançado em 2006, volta-se para o processamento de aplicações baseadas em banco de dados. O zIIP permite centralizar mais facilmente os dados no mainframe, diminuindo a necessidade de se ter múltiplas cópias espalhadas por dezenas de servidores. Com o zIIP o mainframe torna-se o data hub da empresa. Bem, questionado quanto a citar alguns aspectos positivos da consolidação lembrei a ele: menos pontos de falha, eliminação da latencia de rede, menos componentes de hardware e software para gerenciar, uso mais eficiente dos recursos computacionais, melhor gestão de cargas mixtas batch e transacionais, maior facilidade de diagnósticos e determinação/correção de erors, recovery/rollback muito mais eficiente... O resultado? Um melhor TCO! Interessante que uma vez criada uma percepção, tona-se dificil mudar as idéias. Olhar o mainframe sob outra ótica é uma mudança de paradigmas e mudar paradigmas não é facil. Paradigma é como as pessoas vêem o mundo, ele explica o próprio mundo e o torna mais compreensível e previsível. Mudar isso exige, antes de mais nada, quebrar percepções arraigadas. Mas, por que não repensar o mainframe? Um estudo de TCO pode mostrar que talvez as idéias e hábitos que tem mantido a TI da companhia nos últimos anos não sejam tão mais válidos assim...[Read More] |
Começou a pós-graduacao em mainframes!
Segunda feira passada tive a oportunidade de fazer a aula inaugural do curso de pós-graduação em mainframes, na UniverCidade, no Rio de Janeiro.
Até há algum tempo atrás, quem trabalhava com mainframes era visto como um dinossauro. Aliás, eu também sou um dinossauro da família dos informaticossauros, pois comecei minha carreira no /360 e o meu primeiro programa foi escrito em Cobol. O segundo foi em Assembler (e os meus colegas dinossauros talvez ainda se lembrem do livro de cabeceira da época, o Principles of Operation e sua sopa de siglas, como PSW, CCW, TLB e outras). Mas o mainframe vem resistindo ao tempo e com sucessivas inovações acontecendo constantemente. Por exemplo, existe um projeto de um gameframe, ou um mainframe híbrido, integrado com o processador Cell Broadband Engine (Cell/BE). Este gameframe será especialmente talhado para aplicações de simulações e “virtual worlds” , sejam estes games MMOG (Massive Multiplayer Online Game), como o Taikidom (www.taikodom.com.br) da brasileira Hoplon (www.hoplon.com.br ) ou plataformas para social-networking como o Second Life e outros. Outra novidade? Que tal o OpenSolaris em mainframes? Sim, já começa a rolar...Uma empresa chamada Sine Nomine Associates já está trabalhando em um projeto para portar este sistema para esta máquina. Vejam http://sinenomine.net/sites/default/files/L04-OpenSolariszSeries.pdf. Querem mais? Que tal Java no mainframe? A IBM, depois do sucesso do processador especializado IFL (Integrated for Linux) acoplado ao processadores dos mainframes lançou um outro processador, desta vez voltado a consolidar workloads Java nestas máquinas. Este processador chama-se zAAP (System z Application Assist Processor). Este processador (podem ter vários no mesmo computador) opera de forma assíncrona com os processdores comuns de uso geral, e executam código dos programas Java. Com isso, reduz-se a carga nestes processadores de uso geral, liberando ciclos de CPU para outros aplicativos. E, chamo a atenção, os processos Java rodam no zAAP sem precisar de nenhuma modificação. Na palestra mostrei que um dos principais obstáculos para uma maior disseminação do mainframe é exatamente a percepção errônea que é um sistema obsoleto. E que pouca gente usa... Mas, alguns números nos mostram outro cenário: existem 10.000 mainframes em operação no mundo inteiro, com uma capacidade instalada de mais de 11 milhões de MIPS. Para se ter uma comparação em 2000 haviam 3,5 milhões de MIPS instalados e cerca de 9 milhões em fins de 2005. Ou seja, em menos de dois anos, mais de 2 milhões de MIPS foram instalados! Olhando-se por outro prisma, multiplicou-se por mais de três a base instalada de MIPS em apenas sete anos.... Interessante que no ano passado, já haviam sido instalados cerca de 1.2 milhões de MIPS nos processadores IFL, rodando Linux. Na prática, cerca de 25% dos MIPS vendidos hoje o são para Linux. Estes dados mostram de forma inequívoca que o mainframe continua firme. E para os próximos anos? O lançamento da nova linha de máquinas z10 (vejam em http://www-03.ibm.com/systems/z/news/announcement/20080226_annc.html) e a nova política industrial brasileira, apoiando fortemente a exportação de software, deverá aumentar em muito a demanda por profissionais capacitados em mainframes, pelo maior número de projetos off-shoring que deverão surgir.. Ok, querem mais informações? Vejam http://www.mainframe.typepad.com/ para terem acesso a blogs que debatem mainframes, http://www-306.ibm.com/software/os/systemz/en_US/index.html para acessarem o site da IBM sobre softwares de mainframe, e http://www.ibmsystemsmag.com/mainframe/ para lerem uma revista eletrônica sobre mainframes. [Read More] |
Life in the data center...
Para vocês se distraírem no feriado...Tem alguns vídeos interessantes e muito engraçados no YouTube sobre a vida nos data centers. Por exemplo, a série “ Life in the data center”, episódio 1 em http://www.youtube.com/watch?v=oOo4qqtnTOQ&feature=related , episódio 2 em http://www.youtube.com/watch?v=4_63uJXQTwo&feature=related e episódio 3 em http://www.youtube.com/watch?v=amybtpHMJKE .
Hilariante![Read More] |
OpenSolaris em System z?
Em agosto ultimo passou meio desapercebido por aqui o anúncio conjunto que a IBM e Sun fizeram nos EUA. Neste anúncio a IBM anunciava que estará distribuindo em breve o sistema operacional Solaris (pelo menos para alguns mercados) em determinados modelos de servidores de base Intel (System x) e BladeCenter. Vejam em http://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/22163.wss. O acordo prevê que engenheiros da IBM e Sun trabalharão em conjunto para garantir que haja perfeita integração entre o Solaris e os periféricos acoplados aos servidores IBM. Afinal, um servidor não é somente feito de processadores...Agora estes servidores estarão aptos a rodar o Windows, Linux e Solaris. A IBM foi a primeira empresa a assinar um acordo deste tipo com a Sun. A outra empresa que havia feito isso era a Fujitsu, mas em sua linha de servidores baseado em processadores Sparc.
Na prática, este acordo é uma decorrência do sucesso do Linux. Quando a IBM anunciou o suporte ao Linux em toda sua linha de servidores, muita gente imaginou que perderiamos espaço no mercado de hardware. Não foi o que aconteceu. O VP senior de Systems and Technology Group da IBM, Bill Zeitler disse textualmente no anúncio: “We are doing better on the whole now that we do give customers choice” e “When we decided to put Linux on mainframes, we debated whether that would compromise us or open us to competition we didn't have, but it opened us up to more customers and enabled us to compete based on our merits. There will be times when customers look at us and at Sun and decide Sun's hardware is better, but in my experience, you are better off meeting clients in the way they want to be met”. É verdade. Hoje, indiscutivelmente, quem define a melhor solução para si é o cliente e ele quer ter opções de escolha. Não quer ficar dependente de uma única empresa e se sujeitar ao seu ritmo de evolução tecnológica. Na minha opinião, o mundo dos sistemas verticalizados, onde da aplicação ao sistema operacional você depende de uma única corporação está com seus dias contados... A variante aberta do Solaris, o projeto OpenSolaris (www.opensolaris.org) tem um kernel rodando no processador Power, mas não existe nada ofical quanto a uma eventual adoção nos nossos servidores “System p”. Bill Zeitler foi explícito ao dizer “That's certainly something that I would like to see, but we'll just have to see if it makes sense”. Que sabe um dia? Bem quanto ao Aix, Bill Zeitler também comentou: “mature vendors respond to customer requirements, and that is what we are doing. We will continue investing in AIX, but we know lots of customers like Solaris. We don't see that as a compromise. It adds to our commitment to interoperatibility in the marketplace”. Mas, o que é importante é que OpenSolaris em System z (mainframe) já começa a rolar...Uma empresa chamada Sine Nomine Associates já está trabalhando em um projeto para portar este sistema para esta máquina. No anúncio Zeitler disse que clientes de mainframes já solicitaram esta alternativa (“There are a large number of customers interested in Solaris on the mainframe”)e que portanto OpenSolaris em System z é algo que não deve ser descartado... Vejam http://sinenomine.net/node/607. Bem, nada ainda está formalizado, embora em recentes eventos de mainframes, como System z and zSeries Expo, em Munique na Alemanha e WAVV 2007 (World Alliance of VSE VM Linux), a Sine Nomine apresentou palestras descrevendo o projeto OpenSolaris no System z. Vejam a apresentação em http://www.sinenomine.net/system/files/L04-OpenSolariszSeries_0.pdf. Caso queiram acessar outras apresentações do WAVV 2007 acessem http://www.wavv.org/wavv2007/presentations/index.htm. Para a rapaziada dos mainframes, tem palestras bem interessantes. Interessante também é o que saiu na mídia sobre o acordo e uma eventual versão do OpenSolaris rodando em mainframes. Vejam alguns relatos em http://www.infoworld.com/article/07/08/16/Solaris-on-z-mainframes-next-on-the-agenda-for-IBM-Sun_1.html e http://computerworld.com/action/article.do?command=viewArticleBasic&taxonomyName=mainframes_and_supercomputers&articleId=9031183&taxonomyId=159&intsrc=kc_top. E quanto aos analistas de indústria? Muitos disseram que foram surpreendidos pelo acordo (e quem não foi?) , como Charles King, da Pund-It Inc (http://www.pund-it.com/) que afirmou “I could not have imagined this occurring when Scott McNealy was CEO of Sun, it seems Jonathan Schwartz is taking the company in a more open and software-driven direction”. Também disse que “IBM can only gain from the deal. It has limited its partnership to System x and blade servers, so there is no conflict with IBM's Unix, or System p platform. I don't see it as a huge income generator for IBM, but it portrays itself as the provider of a wider array of solutions, and this puts IBM way ahead of the curve”. Quanto ao System z, ele disse “There was a lot of doubt in the industry questioning the value of it, but Linux gave mainframe a whole new life, and IBM pressed forward with specialty processor for Java and Web apps. There is a ton of business out there from users with huge, aging Sun Sparc rack servers – especially in the financial services and telco space[s] -- where the mainframe has won as a consolidation platform. With Solaris available, I can imagine IBM moving Sparc onto mainframe platforms”. O IDC também opinou sobre assunto “You could have Solaris running on the mainframe with virtualization capabilities, with logical partitions and multiple instances of Solaris running, the way we've seen with Linux”. Na minha opinião, no novo cenário da virtualização, faz todo o sentido colocar novas alternativas como o sistema Solaris em servidores como System x e System z. Os clientes precisam consolidar em máquinas mais robustas seus diversos sistemas operacionais hoje esparsamente (e de forma custosa...) distribuídos pela empresa e a IBM oferecer uma gama mais ampla de alternativas é uma “sacada” bem inteligente.[Read More] |