No evento CONARH 2007, após minha palestra fiquei trocando idéias com diversos profissionais de RH. E um dos temas que saíram destas conversas foi como os ambientes tridimensionais como o Second Life poderiam ser explorados para abrir novas possibilidades de aprendizado. Já existem diversas experiências acontecendo com inúmeras instituições de ensino, muitas delas no Brasil, embora muitas destas experiências ainda emulam a maneira tradicional de ensinar, apenas transportando a sala de aula para o computador. Na minha opinião esta mímica do ambiente real atual não explora o potencial do ambiente tridimensional e é desestimulante. E pior, algumas instituições apenas criam uma visita virtual ao seu campus. Pouco atrativo. Quem vai uma vez, não volta...Claro que existem também iniciativas interessantes como criação de comunidades para ex-alunos interagirem. O tema educação em ambiente 3D é desafiador. Já foram escritos muitos artigos sobre o assunto na Internet. Um que recomendo é “101 Uses for Second Life in the College Classroom”, que pode ser acessado em http://facstaff.elon.edu/mconklin/pubs/glshandout.pdf. Este artigo aborda diversas idéias inovadoras para o uso de ambientes tridimensionais em salas de aula.
O Second Life investe bastante neste segmento e existe inclusive um site para explorar novas idéias. Vejam em http://secondlife.com/education .Também recomendo a leitura do documento que contém o conteúdo do “Proceedings of the Second Life Education Workshop at the Second Life Community Convention”, evento que aconteceu em San Francisco, em agosto do ano passado. Vocês podem acessar o documento em //secondlife.com/businesseducation/education/slcc2006-proceedings.pdf. Um outro case interessante de educação no Second Life é o da a Cidade do Conhecimento 2.0, da USP.
Embora já existam muitas experiências, ainda é cedo para dimensionarmos qual será o impacto destes ambientes tridimensionais no ensino. Estamos ainda no início da curva de aprendizado e as grandes idéias ainda irão surgir...Mas podemos pensar em algo diferente do mundo real, como um aluno assumindo o papel de um membro de uma minoria ética ou religiosa e participar de debates vivendo esta personalidade. Com certeza é uma experiência que seria impossível de acontecer na vida real.Também podemos pensar em explorar novos limites criativos para cursos de moda, design e arquitetura, uma vez que o espaço tridimensional permite inovar conceitos e validá-los com outras pessoas. E quem sabe propor novos modelos de negócio e checar se existirá aceitação pela comunidade de avatares? Podemos pensar em simulações e business games. Podemos imaginar museus interativos...
Portanto, temos um novo mundo a explorar. Os mundos virtuais podem satisfazer de forma inovadora a nossa (inata) natureza social e visual. Mas, para isso devemos sair da mesmice e ousar, criar e inovar, explorando o potencial da Internet 3D.
