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A reinvenção da ida aos museus

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Nem sempre fui um apreciador das artes plásticas e visuais. Na juventude, achava as excursões aos museus uma chatice só. Muita coisa para ver, muita coisa para ler e pouca coisa para interagir. Nunca senti muito estímulo para ir em busca das histórias por trás das obras de arte. Achava tudo aquilo uma experiência muito solitária e entediante, pouco recompensadora. Até porque quando jovens somos muito mais inquietos e imediatistas, principalmente no meu caso.

É claro que quando tive a oportunidade de fazer visitas guiadas em museus, a história era outra. Isso porque conseguia interagir com alguém que pudesse tirar minhas dúvidas e me ensinar algo novo e curioso sobre obras de arte. Só que isso é raro.

A boa notícia é que essa semana eu tive uma experiência completamente diferente de todas as outras que já vivi em museus.  Desta vez, quem me guiou foi o Watson. Estou falando do projeto  “A Voz da Arte”, que nasceu de uma união entre IBM, Ogilvy e Pinacoteca de São Paulo. Explico:  um grupo de curadores treinou a plataforma de inteligência cognitiva, IBM Watson, para responder perguntas sobre algumas obras do museu.

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O sistema funciona em um dispositivo móvel entregue ao visitante na entrada do tour. Com o equipamento é possível fazer perguntas por voz, em linguagem natural.  Munido de uma extensa base de dados sobre cada obra, o Watson então é capaz de responder perguntas a respeito do significado das pinturas e seu contexto histórico, falar sobre seus autores, traçar paralelos entre as artes e o cotidiano, entre outras curiosidades. A verdade é que a experiência vai variar muito de pessoa para pessoa e tudo depende da criatividade individual. Toda a interação é realizada em português.A_VOZ_DA_ARTE_ESTREIA_BF_-66

Como o Watson é um sistema cognitivo, que precisa ser constantemente ensinado por especialistas, é possível que haja perguntas que ele ainda não esteja preparado para responder. Mas fiquei impressionado quando fiz perguntas extremamente fora de contexto,  mencionando referências a desenhos animados, times de futebol ou piadas com duplo sentido, e o sistema  conseguiu captar exatamente as minhas intenções e gerar respostas muito satisfatórias.

Para identificar que um visitante se aproxima das obras selecionadas, foram instalados sensores de Beacon – dispositivo bluetooth de geolocalização que permitem a identificação  dos  smartphones ao redor. Deficientes auditivos também podem participar da experiência por meio de conversa escrita (chat).

Ao todo, o Watson responde perguntas sobre sete obras do acervo da Pina, são elas: Mestiço, de Cândido Portinari (1934); Saudade, de Almeida Junior (1899); Ventania, de Antonio Parreiras (1888); São Paulo, de Tarsila do Amaral (1924); O Porco, de Nelson Leirner (1967); Bananal, de Lasar Segall (1927); e Lindonéia, a Gioconda do subúrbio, de Rubens Gerchman (1966).

A_VOZ_DA_ARTE_ESTREIA_BF_-107O conhecimento e interesse sobre arte no Brasil deixam a desejar. Dados de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizado em 2010 afirmam que cerca de 70% dos brasileiros nunca foram a um museu ou a um centro cultural. Com essa experiência mais interativa e personalizada, tanto a IBM como a Pinacoteca esperam trazer um novo frescor a esse movimento. Eu arrisco a dizer, por experiência própria, que se tal atrativo já existisse desde a minha primeira ida ao museu, certamente meu interesse por arte teria sido despertado muito mais cedo.

Este vídeo oficial explica muito bem como funciona esse projeto, que está aberto para visitação  ao público desde  quarta-feira (05/04). Não deixe de visitar a Pinacoteca de São Paulo. Essa experiência é por tempo limitado! Você não vai se arrepender!


* Por Bruno Favery

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