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Uma visita ao museu

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Eu e mais duas amigas temos um grupo no WhatsApp, e agradecemos a tecnologia por tornar possível nossos encontros diários. Há alguns anos, nos conhecemos na faculdade, nos formamos em Publicidade e Propaganda, e desde então, não conseguimos mais nos separar. Achávamos que iríamos revolucionar o mercado de propaganda com nossa ousadia e criatividade. Puta bullshit!

Nunca trabalhei em agência, não fiz campanha para grandes marcas e, tão pouco, conheci a tão falada área de criação, sonho de qualquer publicitário da minha época, pelo menos.

Hoje, trabalho em uma grande empresa com vendas de soluções tecnológicas. O que também não é nada mal.

Voltando ao grupo com as minhas amigas, iniciei uma conversa:

– Meninas, estou pensando em ir ao museu da Pinacoteca de São Paulo, no sábado de manhã. O que acham de irmos todas juntas? Aproveitamos para colocar o papo em dia, lá tem um espaço de café. Adoro espaços de café!

Eis que uma das minhas amigas responde:

– Mas o que vai ter lá?

O que será que ela imagina que vai ter no museu? — Pensei comigo.

Mas, considerando que existe um estudo que diz que 72% dos brasileiros nunca foram a um museu, respondi:

– Terá uma exposição chamada a A voz da Arte. Você poderá interagir com um robô, fazer perguntas relacionadas a uma obra de arte e ele será capaz de te responder.

Foi a forma mais simples que encontrei de dizer que, com o uso de Inteligência Artificial, o tema mais falado no meio da tecnologia, agora podemos interagir até com obras de arte.

– Mas ele é bonito? — Perguntou-me.

– O museu ou o robô? — Respondi irônicamente, tendo a certeza de que ela se referia ao robô. Robô este que na verdade não existe. Me explico depois.

A outra amiga, que até então, não havia se manisfestado, entrou no diálogo, com sua característica única de humorizar as situações:

– Se você quiser se relacionar com um robô, não temos preconceito. Inclusive, achamos que pode ser uma excelente ideia. Somos mulheres empoderadas, você treina o seu robô do jeito que quiser, ele aprende mais rápido que um humano e você não precisa repetir a mesma coisa mil vezes. E digo mais, se você se cansar do jeito como ele te trata, é muito simples: reinicia e começa tudo de novo.

Risos.

Elas? Não foram ao museu, não conheceram o tal robô, não interagiram com as obras de Tarsila do Amaral, Almeida Júnior, Candido Portinari e outros. Também não tomaram um café no jardim.

Eu? Não perdi a oportunidade, fascinada por tecnologia que sou.

O robô? Bom, não era bem um robô, na forma humana como estavámos imaginando. Era um aplicativo no smartphone. Tecnicamente falando, criaram uma aplicação que entende linguagem natural e que faz reconhecimento de voz. Educadores e curadores selecionaram 7 obras do acervo do museu e alimentaram um “sistema cognitivo” com informações a respeito dos autores, contextos históricos e curiosidades do mundo da arte. Ao entrar nas salas do museu, você recebe o smartphone e pode começar a conversar com as obras. Bem simples e fascinante.

Eu conversando com o Watson sobre a obra Saudade de Almeida Junior

– De quem é essa obra e como ela se chama?

– Essa obra é de Almeida Júnior e se chama A Saudade.

– Por que saudade?

– Alguns elementos da foto nos faz acreditar que ela está com saudade de alguém. A roupa preta, a posição corporal, as lágrimas, a foto nas mãos.

E, assim foi a experiência de ver A voz da Arte na Pinacoteca.

Arte e tecnologia juntas!

Saudade, de Almeida Junior (1899)

Se você ficou curioso, não perca a oportunidade de ir conhecer. Essas são as obras que estão disponíveis para interação:

1. Mestiço, de Cândido Portinari (1934);

2. Saudade, de Almeida Junior (1899);

3. Ventania, de Antonio Parreiras (1888);

4. São Paulo, de Tarsila do Amaral (1924);

5. O Porco, de Nelson Leirner (1967);

6. Bananal, de Lasar Segall (1927);

7. Lindonéia, a Gioconda do subúrbio, de Rubens Gerchman (1966).

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